HC participa do 2º Mutirão Nacional de Reconstrução Mamária

Evento

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: Hospital das Clínicas

: 24 a 29 de Outubro 2016

A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) realizará, de 24 a 29 de outubro, o 2º Mutirão Nacional de Reconstrução Mamária. Cerca de 840 mulheres que passaram por mastectomia – remoção de uma ou ambas as mamas – serão atendidas gratuitamente por cirurgiões plásticos para o procedimento de reconstrução mamária. Em Goiânia, o Hospital das Clínicas da UFG será um dos hospitais que participarão do mutirão.

Ao todo, 18 unidades da federação que contam com uma regional da entidade participam da ação. São eles: Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Pará, Paraíba, Pernambuco, Sergipe, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, além do Distrito Federal. No estado de Goiás, além do HC-UFG, participarão também o Hospital Geral de Goiânia (HGG), Hospital Araújo Jorge e Santa Casa de Misericórdia de Goiânia.

Responsável pela realização das cirurgias de reconstrução mamária no HC-UFG, o cirurgião plástico e membro da SBCP, Aloísio Garcia de Souza, afirma que cerca de 40 mulheres do estado de Goiás serão operadas durante o mutirão. “São mulheres que não tiveram uma indicação imediata de reconstrução mamária durante seu tratamento ou que ficaram com sequelas devido a reconstruções mal sucedidas ou tardias”, explicou Aloísio.

As pacientes já foram selecionadas e realizaram previamente todos os exames necessários para a cirurgia.Segundo Aloísio, 110 mulheres se inscreveram para o mutirão no estado de Goiás, sendo que 81 foram direcionadas para o HC. Destas, 12 pacientes serão operadas no mutirão. As cirurgias serão realizadas a partir das 08 horas da manhã.

Aloísio Garcia explica que nem todas as mulheres que se inscreveram para o mutirão poderão ser operadas agora, pois muitas não estão em boas condições clínicas para serem operadas ou precisam ainda finalizar o tratamento contra o câncer de mama, porém todas serão acompanhadas e operadas posteriormente. Em 2012, foi realizado o 1º Mutirão de Reconstrução Mamária, que teve 555 pacientes operadas.

Segundo Aloísio, a reconstrução mamária é fundamental para a mulher retomar sua autoestima, que fica muito abalada após a retirada da mama. “Cerca de 30% das mulheres perdem o casamento depois que precisam retirar uma de suas mamas”, relata o especialista. “A reconstrução mamária contribui significativamente para a vida da mulher nos aspectos psicológico, social, familiar e sexual, por isso hoje a plástica reconstrutora está aliada ao procedimento de mastectomia”, ressalta.

“No HC não existe fila para a cirurgia de reconstrução mamária, pois todas pacientes que precisam passar pela mastectomia também passam pela cirurgia de reconstrução mamária imediata”, afirma Aloísio.  O cirurgião diz que o número de mulheres que precisam fazer uma reconstrução mamária se deve ao diagnóstico tardio do câncer de mama. “Muitas mulheres, quando recebem o diagnóstico da doença, precisam fazer a retirada total da mama, pois o câncer já está em um estágio mais avançado”, explica. “Por isso, quanto mais precoce a mulher tiver o diagnóstico do câncer, mais chances ela terá de cura, além de não ter que perder sua mama”, frisou. Em 2016, a campanha Outubro Rosa tem como tema “Câncer de mama: vamos falar sobre isso?”. O objetivo é fortalecer as recomendações para rastreamento e diagnóstico precoce e desmistificar conceitos relacionados à doença. 

O mutirão mobilizará cerca de 800 profissionais da área, que trabalharão como voluntários. No HC, além da equipe de Cirurgia Plástica, outros vinte cirurgiões plásticos, membros da SBCP, manifestaram interesse em participar, seja operando ou auxiliando nas cirurgias.

 

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