Experimento Cênico "Manjericão" tem apresentação única na UFG
Evento
/e/6829-experimento-cenico-manjericao-tem-apresentacao-unica-na-ufg: Escola de Música e Artes Cênicas da UFG
: 26 de Junho 2018 às 19:30
O experimento cênico “Manjericão” terá apresentação única na próxima terça-feira (26), às 19h30, no teatro laboratório (Lacena) da Escola de Música e Artes Cênicas da UFG (EMAC), localizado no Campus Samambaia, com entrada franca e contribuição voluntária.
Em busca de sua identidade, a personagem, que navega pelo universo mitológico afro-indígena brasileiro, percebe o manjericão como uma vontade simbólica, em sua travessia desde a vida na infância permeada de ficção, medo, mistérios e sonhos, chegando ao adulto que está continuamente se construindo em coragens, enfrentamentos e descobertas. Nesse fluxo que o experimento cênico “Manjericão” será apresentado na terça-feira, 26, às 19h30 no Lacena, teatro laboratório da Escola de Música e Artes Cênicas da UFG (EMAC), localizado no Campus Samambaia, com entrada franca e contribuição voluntária.

Manjericão é um experimento cênico, construído com referências em diversas linguagens, que passam pelo teatro, dança dos orixás, danças brasileiras, performance e circo contemporâneo. Atravessados pelos cheiros-memórias, que se misturam às vivências e pesquisas do próprio ator Iago Araújo, pelo universo mitológico afro-indígena brasileiro, que acabou se tornando também um artigo feito dentro do programa de iniciação ciêntifica da Universidade Federal de Goiás.
“Manjericão é uma pesquisa corporal e cênica que nasce também da intenção de re-significar os sentidos do olfato e do tato. A planta manjericão é o foco do interesse. Então as possibilidades de uso da planta e a água como mistura, criam desdobramentos para experimentos e significâncias para este processo criativo”, explica Iago Araújo.
Ao navegar pelo universo mitológico afro-indígena brasileiro, dois principais mitos se juntaram para inspiração do processo criativo: O do orixá Omolu, entendido como o “O Senhor da Terra”, foi abandonado no mar, quando nasceu, por sua mãe Nanã , caranguejos vieram e deixaram seu corpo cheio de feridas, iemanjá encontrou e criou o menino, deu-lhe uma roupa de palhas não para esconder suas feridas, mas porque seu corpo brilhava igual ao sol. Este menino cresceu e tornou-se um grande guerreiro e feiticeiro que possui poder sobre a vida e a morte, da cura e da doença; e da Boiuna, uma índia que foi jogada no rio Tocantins e se criança tornou uma cobra gigante, tem corpo tão brilhoso que reflete a luz da lua, é capaz de derrubar embarcações e engolir pessoas.
Sobre a escolha do manjericão enquanto uma vontade simbólica o ator explica que “há séculos que o manjericão é conhecido e utilizado por diversas culturas, para diversos fins. Para nós ele é um meio, um viés, que impulsiona uma marcha à ré e um avanço”, conclui Iago Araújo.