Espetáculo Não Posso Esqu cer

O espetáculo performativo Não Posso Esque cer programa, pela primeira vez, apresentação de Lives nos dias 22 e 23 de julho, às 20 horas (horário de Brasília). As lives integram ações do projeto de circulação nacional,  apoiado pelo Fundo de Arte e Cultura do Estado de Goiás. Após encerrar ciclo formativo, por meio da realização de workshops, Não Posso Esqu cer dá continuidade, em decorrência da pandemia do coronavírus, à programação digital, com a transmissão do espetáculo ao vivo, pelo Canal Oficial da UFG no YouTube.

Após cumprir agenda de apresentações presenciais, inclusive neste ano de 2020 (pré-pandemia), o espetáculo foi adaptado para ser apresentado ao vivo, nos meios digital. Segundo o site Business Insider, apenas o Instagram registrou aumento de 70% na transmissão de lives na plataforma. A quarentena forçou a adaptação de espetáculos artísticos e como resultado, levou a maior democratização das apresentações, vez que não apresenta barreiras geográficas que impossibilitam o espectador de estar distante do espetáculo.

A partir de pesquisas de criação iniciadas em 2016 por Valéria Braga e Maria Ângela De Ambrosis e com direção de dramaturgia de Kleber Damaso, Não Posso Esque cer se realiza por meio de um percurso de movimento, que tem como eixo o corpo da atriz e sua relação com bacias, as pedras e o seu deslocamento no espaço cênico. Estas ações geram possíveis criações de sentido relacionadas às temáticas como a resistência, a sobrevivência, desertificação e a paisagem urbana que atravessa de sobremodo o espetáculo, evidenciando a polissemia gerada pelo fluxo de imagens  que o espetáculo provoca. A qualidade estética do espetáculo, caracterizada por sua simplicidade e contundência expressiva, inova o potencial perceptivo do público.  Sua versão mediada pelos recursos do audiovisual, pretende que esta qualidade estética e provocativa encontre lugar privilegiado no formato digital, ora utilizado.

Terreno novo

Apesar de não constar em números oficiais, é possível afirmar que, dentre a oferta de lives nas plataformas digitais, a performance ainda é opção escassa para uma audiência majorada em alcance, pelos meios digitais. A proposta de Não Posso Esque cer vai ao encontro dessa nova possibilidade de entreter e sobretudo de, por meio da arte, mudar o estado do espectador, esteja ele onde estiver, a partir de conexão cultural comunitária.

Formação

Durante os meses de junho e julho o workshop “O Que Não Posso Esquecer”, foi ministrado como parte da agenda do espetáculo performativo Não Posso Esqu cer. A iniciativa cobriu virtualmente comunidades ligadas às cidades de São Paulo (SP), São Roque (SP), Curitiba (PR) e Ponta Grossa (PR), atendendo, ao todo, 39 participantes. Atriz da performance Maria Ângela De Ambrosis, que também é palhaça, contadora de história e professora da Universidade Federal de Goiás (UFG) esteve à frente dos workshops.

Na versão original, as apresentações seriam presenciais, contemplando essas quatro cidades. A proposta de adaptação das apresentação presenciais para o formato de lives contará, portanto, com a realização de debates abertos ao público com os profissionais das Artes da Cena atuantes nessas cidades, a saber, Prof. Ms. Luciana Hoppe (São Paulo-SP); Prof, Esp. Kaio Bergamim (Ponta Grossa -PR); Prof. Drª Marila Vellozo (Curitiba-PR) e Performer OutroLuiz (Mairinque-SP). O debate vai ocorrer após a transmissão do espetáculo performático.

Sinopse

Mergulho, mulher e árvore. Um deslocamento entre bacias, em busca de encontros: mulher árvore, mulher bacia, bacia das mulheres. O espetáculo Não Posso Esqu cer se realiza pela ação de uma atriz em suas ações e relações com as bacias, as pedras e a cidade. Entre sons e silêncios, neste ambiente, a ação performativa desencadeia uma sequência de paisagens corporais que tocam primeiro a percepção e os sentidos do espectador.