Professores indígenas recebem diploma em cerimônia intercultural
Evento
/e/4198-professores-indigenas-recebem-diploma-em-cerimonia-intercultural: Núcleo de Formação Superior Indígena Takinahaky, no Câmpus Samambaia
: 17 de Maio 2016 às 18:00
Vinte e sete integrantes de diferentes povos indígenas receberão nesta terça-feira (17/5) seus diplomas do curso de Educação Intercultural, nas habilitações Ciências da Natureza, Ciências da Cultura e Ciências da Linguagem, pela Universidade Federal de Goiás (UFG). A cerimônia de colação de grau tem protocolo diferenciado, com juramento e músicas que contemplam os diferentes povos e será realizada no Núcleo de Formação Superior Indígena Takinahaky, no Câmpus Samambaia, às 18h.
A formatura dos professores indígenas segue um protocolo especial. Um representante de cada povo presente faz o juramento em sua língua. As músicas utilizadas no evento são indígenas e o mestre de cerimônias recebe o auxílio de uma intérprete para a chamada dos formandos, o que garante a correta pronúncia dos nomes. Por fim, será feita uma apresentação cultural envolvendo todos os novos licenciados.
A transmissão é executada pela Fundação RTVE e pode ser acompanhada somente por meio de seu site: www.rtve.org.br
A TV UFG (canal 14 UHF), de concessão da Fundação RTVE, não exibe as colações de grau em sua programação.
O curso
A cerimônia diferenciada segue a lógica do próprio curso de Educação Intercultural, voltado para a relação entre as diferentes culturas e interação entre várias áreas do saber. Oferecido pela UFG desde 2007, o curso já formou 162 professores indígenas. São dois anos de formação básica e três de formação específica, a partir de um currículo fundamentado em uma política de valorização cultural e na articulação entre teoria e prática. Os professores indígenas são habilitados para o ensino monolíngue ou bilíngue e também são capazes de assessorar suas comunidades e lidar com os conhecimentos de forma plural.
A carga horária do curso é dividida em estudos presenciais, ensino a distância, pesquisa e seminário de pesquisa, estágio supervisionado e prática. A parte mais específica dos temas contextuais geralmente acontece nas próprias terras indígenas com o propósito de possibilitar o diálogo com os especialistas e com os projetos desses povos. O objetivo é a transformação das escolas indígenas, historicamente destinadas à “civilização” dos índios, em lugar para o exercício indígena da autonomia.
