Henrique Meirelles ministra a conferência de encerramento da Semana de Economia

Evento

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: Teatro da Faculdade de Medicina

: 20 a 24 de Setembro 2009

Presidente do Banco Central fala sobre desafios e oportunidades no Brasil pós-crise

O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, ministrará a conferência de encerramento da 3ª edição da Semana da Economia nesta sexta-feira (25). O presidente do BC falará sobre O Brasil pós-crise: desafios e oportunidades. A programação do último dia do evento conta ainda com uma palestra sobre oportunidades profissionais com o diretor regional de vendas do Centro-Norte da Unilever. Confira a programação:

Semana da Economia da UFG

Sexta-feira (25)

-16h às 18h

Palestra: A Unilever e oportunidades profissionais, com Carlos Tadeu Pinheiro Azevedo, diretor regional de Vendas do Centro-Norte da Unilever Brasil S. A.

-19h às 21h

Palestra de encerramento: O Brasil pós-crise: desafios e oportunidades, com Henrique Meirelles, presidente do Banco Central do Brasil.

Local: Teatro da Faculdade de Medicina (Praça Universitária)

 

Abertura

 “Devemos pensar no desenvolvimento a partir de quê?”, questionou ontem o professor de Economia da Universidade Estadual Paulista (Unesp), Fausto Saretta, durante a abertura da III Semana da Economia da UFG. Ele lançou esse questionamento ao encerrar sua palestra sobre “Perspectivas históricas do desenvolvimento no Brasil” e após traçar uma linha do tempo para a economia brasileira.

 

Segundo ele, desde a fase colonial, o Brasil fez escolhas comerciais que definiram toda a trajetória política e social que veio depois. “Como nos ligamos ao impulso do capitalismo desde nossa formação? Pela monocultura da cana-de-açúcar, pelo trabalho escravo e pela formação das grandes propriedades”, comentou. Conforme narrou, essa escolha inicial, que beneficiava interesses particulares e também os projetos de crescimento português, tem reflexos concretos até hoje. O entusiasmo recente de intensificar a exportação de combustível, com a descoberta da camada do pré-sal e com a produção em larga escala do etanol, revelam essas marcas.

 

Em sua análise minuciosa, ele destacou produções que fizeram o Brasil viver momentos oscilantes entre a industrialização e a produção agrícola: da cana ao ouro, da mineração ao café, das fabriquetas de tecido à siderurgia, as políticas econômicas alternaram entre priorizar as exportações e sustentar o mercado interno. Pela complexidade do tema, o professor preferiu deixar o público sem um diagnóstico preciso, abrindo sua fala para os questionamentos da platéia. “Falar de desenvolvimento econômico é um assunto polêmico e que não se esgota”, arrematou.

 

Fausto Saretta é doutor em Ciências Econômicas pela Universidade de Campinas (Unicamp) e membro da Associação Brasileira de Pesquisadores em História Econômica. “Grosso modo”, como ele mesmo se referiu ao ter seu currículo apresentado, tem como foco de estudo temas relacionados à política econômica, à industrialização e ao liberalismo.

 

Esta é a primeira vez que o evento é realizado levando o nome da Face. Nos dois primeiros anos, a Semana da Economia foi realizada na Escola de Agronomia, unidade que abrigou os cursos de Economia e Ciências Contábeis em seus primeiros anos. Antes de Saretta, as boas-vindas aos participantes ficaram a cargo de outros dois convidados: o presidente da Associação Comercial e Industrial de Goiás (Acieg), Pedro Bittar, e a presidente do Conselho Regional de Economia (Corecon), Rosa de Fátima Oliveira. Ambos ressaltaram a importância de reuniões como essa, que fazem integração entre a academia científica e o mercado.

 

A III Semana da Economia segue com suas atividades hoje e amanhã. O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, encerrará o evento falando sobre “O Brasil pós-crise: desafios e oportunidades”, às 19h, no auditório da Faculdade de Medicina.