Concertos Ouro - Laurent Albrecht Breuninger e Ana Flávia Frazão
Evento
/e/17392-concertos-ouro-laurent-albrecht-breuninger-e-ana-flavia-frazao: Centro Cultural da UFG
: 01 de Dezembro 2013
A apresentação ocorrerá no dia 1º de dezembro, às 11h no Centro Cultural UFG.
No dia 1º de dezembro, a UFG realizará, às 11 h, mais uma edição do Concertos Ouro, em parceira com a Secretaria de Cultura de Goiânia (Secult). O Duo de violino e piano de Laurent Albrecht Breuninger e Ana Flávia Frazão se apresentará no Centro Cultural UFG, com a direção geral de Gyovana Carneiro. A entrada é franca. 
LAURENT ALBRECHT BREUNINGER
Depois de conquistar o segundo prêmio no concurso para violino Rainha Elisabeth na Bélgica, em 1997, Laurent Albrecht Breuninger se tornou o primeiro violinista alemão a ficar entre os três melhores neste concurso desde a sua primeira edição em 1953. No mesmo ano, recebeu o prêmio de melhor composição para o seu Quarteto de Cordas N.1 nos Concertos de Verão de Brandemburgo. Esses prêmios são o ponto alto de uma série de concursos ganhos pelo violinista, onde se destacam os concursos em Brescia (Itália, 1984), Belgrado (Iugoslávia, 1986), Praga (República Tcheca, 1992), Berlin e Montreal (Canadá, 1995). Breuninger estudou de 1981 até 1988 com Josef Rissin na Escola Superior de Música de Karlsruhe, onde se formou com nota máxima. Continuou a se aperfeiçoar com grandes violinistas como Henryk Szeryng, Ruggiero Ricci, Aaron Rosand e Ivry Gitlis. Apresenta-se como solista e camerista em vários festivais como o Festival Internacional de Bath (Inglaterra), Festival de Música de Câmara de Kuhmo (Finlândia), Teatro Champs D´Elysees (Paris), Schwetzinger Festspielen (Alemanha). Em 1997, gravou um CD com obras para violino e piano de Mendelssohn, Brahms, Breuninger e Wieniawsky. Gravou para a Rádio WDR as obras para violino e orquestra de Eugene Ysaye e, em 2001, para a Rádio de Colônia as obras para violino solo deste mesmo compositor. Recentemente, acompanhado pela Orquestra da Rádio de Varsóvia, gravou os 4 concertos para violino de Karol Lipinsky e a obra completa de George Enescu. Em 2012, juntamente com a pianista Ana Flávia Frazão, gravou toda a obra para violino e piano de Villa-Lobos que foi lançado na Europa pelo selo Telos. Breuninger foi professor de violino na Escola Superior de Música de Hamburgo entre 1998-2002 e atualmente é professor da Escola Superior de Música de Karlsruhe – Alemanha.
ANA FLÁVIA FRAZÃO
“Sua interpretação é povoada por uma mágica secreta”. Desta forma manifestou-se o jornal BNN da Alemanha em relação a pianista brasileira, que é vencedora do Concurso Nacional JK realizado em Brasília em 1992. Ana Flávia Frazão iniciou seus estudos de piano com a professora Ivana Carneiro e os concluiu na Escola de Música e Artes Cênicas da Universidade Federal de Goiás. Paralelamente teve durante muitos anos a colaboração importante do pianista e professor Luiz Medalha. Prosseguiu sua trajetória musical na Alemanha onde permaneceu de 1994 a 2002. Foi aluna da Escola Superior de Música de Karlsruhe onde obteve, com nota máxima, o Konzertexamen na categoria Piano-Música de Câmera. Neste período, teve as orientações dos professores Werner Genuit e Michael Uhde. Em 2001, obteve o 1º lugar na “Série de Concertos da Sala Barroca”, em Kyoto – Japão, com o Trio Augarten. Tem realizado concertos na Europa, Japão, Estados Unidos, Argentina e em várias cidades brasileiras sempre com grande êxito de público e crítica. Realizou diversas gravações para as rádios alemães e, em 2004, lançou na Europa seu primeiro CD com o contrabaixista Milton Masciadri. Em 2012, gravou toda a obra de Villa-Lobos para violino e piano com o violinista alemão Laurent Albrecht Breuninger, lançado na Europa pelo selo Telos. Ana Flávia é professora da Escola de Música e Artes Cênicas da Universidade Federal de Goiás e diretora artística dos projetos “Concertos na Cidade” e “Concertos Ouro UFG”.
PROGRAMA
C.Saint-Saëns (1835 - 1921)
Sonata N.1 em ré menor
Allegro agitato
Adagio
Allegretto moderato
Allegro molto
H.Villa-Lobos (1887-1959)
Segunda Sonata – Fantasia
Allegro non troppo
Largo
Rondo – Allegro Final
C.Saint-Saëns (1835 - 1921)
Introdução e Rondo Caprichoso
SAINT-SAËNS – Sonata N. 1 em ré menor
Saint-Saëns escreveu uma sonata para violino e piano ainda aos 6 anos de idade, obra infelizmente perdida. A Sonata N.1 em ré menor é uma peça já da maturidade do compositor francês, que a estreou com o violinista Martin Pierre Marsick em 1886. A estreia da obra no Brasil se deu no extinto Theatro de São Pedro de Alcântara, Rio de Janeiro, em 1899, com o violinista Vincenzo Cernicchiaro e o próprio Saint-Saëns. Em carta a Durand, Saint-Saëns disse que “os violinistas de todas as partes do mundo seriam arrebatados” por esta sonata. Ele não poderia estar mais certo.
VILLA-LOBOS – Segunda Sonata - Fantasia
Comparada à Primeira Sonata-Fantasia de Villa, a Segunda Sonata-Fantasia tem o formato mais tradicional rápido-lento-rápido em três movimentos. Composta em 1914, ela fez parte dos concertos com obras de Villa-Lobos na Semana de Arte Moderna de 1922. Após uma longa introdução do piano, tem início a exposição da obra com a entrada do violino. Segue-se, como de praxe, o desenvolvimento (com utilização de ideias antes apresentadas). Uma breve reexposição, em que o primeiro grupo temático está um tom acima do original, encerra este movimento. O segundo movimento tem um tema bastante lírico (a melodia descendente que o inicia) que aparece repetidas vezes e é sempre entrecortado por outras seções. O terceiro, em contraste, é um rondó brilhante e virtuosístico.
SAINT-SAËNS – Introdução e Rondo Caprichoso
Originalmente escrita para violino e orquestra, em 1863, – a versão para violino e piano foi feita por ninguém menos que Georges Bizet – Introduction et Rondó foi dedicada ao violinista virtuose espanhol Pablo de Sarasate. A obra foi pensada inicialmente como o movimento final do Concerto para Violino op. 20, mas foi publicada como uma peça autônoma, tornando-se uma das obras mais conhecidas de Saint-Saëns. O compositor tinha fascínio pela música de dança espanhola e nas palavras do próprio, a peça foi “composta no estilo espanhol”.