Exposição França no Brasil
Evento
/e/15819-exposicao-franca-no-brasil: Biblioteca Central da UFG, Câmpus II
: 26 de Novembro 2008 às 22:00 a 11 de Dezembro 2008 às 22:00
Para contar um pouco da história sobre a convivência entre brasileiros e franceses – que remonta à ocupação da Baía da Guanabara por Villegagnon, no século XVI – a Biblioteca Central da Universidade Federal de Goiás (UFG) recebe, de 27 de novembro a 12 de dezembro, a exposição França no Brasil - História da influência francesa no Brasil: de Villegagnon ao cinema novo.
Mesclando história e cultura, a exposição apresenta 30 banners em ordem cronológica, e procura mostrar quais foram os campos nos quais esta aproximação foi mais intensa. A UFG recebe a exposição por meio de uma parceria da Coordenadoria de Assuntos Internacionais (CAI/UFG) com a Aliança Francesa de Goiânia.
Herança
Os brasileiros herdaram dos portugueses o amor às coisas francesas. Essa admiração, que se tornou num verdadeiro fascínio, particularmente da elite intelectual abertamente francófila, aprofundou-se de modo mais intenso com a chegada da Missão Artística Francesa em 1816, estendendo-se até bem adentro do século XX, quando então a presença norte-americana, já lamentada nos anos 30 por Mário de Andrade, tornou-se avassaladora.
A cultura francesa difundiu-se no Brasil por todas as áreas, visto que um dos propósitos de uma série de governantes, burocratas ilustrados, acadêmicos, artistas e escritores era a construção de uma civilização nos trópicos seguindo modelos importados de Paris.
A presença dela remonta à ocupação da Baia da Guanabara tentada por Villegagnon no século XVI, reforçada mais tarde pelas viagens dos naturalistas e uma série de outros cidadãos franceses que desembarcaram nos portos nacionais, fazendo com que praticamente não houvesse setor em que aquela cultura não servisse de inspiração.
A exposição traz uma cronologia, mesclando história e cultura, que tenta mostrar quais foram os campos em que essa aproximação foi mais intensa, a qual, na feliz expressão de Mario Carelli, gerou um “cruzamento de culturas”. Os franceses se renderam aos encantos do “bom selvagem” importado do Brasil (o precursor do “homem cordial” de Sérgio Buarque de Hollanda), enquanto que os brasileiros, por seu lado, quiseram reproduzir aqui os gostos e costumes parisienses nos trópicos, provocando uma singular interação entre natureza e civilização.