UFG recebe espetáculo Espécie
Evento
/e/14954-ufg-recebe-espetaculo-especie: Centro Cultural UFG e Sala 8 da Emac
: 01 a 25 de Março 2018
Durante o mês de março, duas unidades da Universidade Federal de Goiás (UFG) recebem o espetáculo Espécie. O Centro Cultural UFG (CCUFG) é o primeiro, com apresentações de 1° a 6/3, às 20h. Em seguida, o espetáculo segue para a Sala 8 da Escola de Música e Artes Cênicas (EMAC), localizada atrás do prédio do Museu Antropológico, que abre suas portas aos finais de semana de 8 a 11/3, 16 a 18/3 e 22 a 25/3, em mesmo horário.

Apresentação
Com duração de 50 minutos, Espécie é um tratado sobre as forças dos mundos visível e invisível. Concebido e dirigido por Valéria Braga, conta com a impecável atuação de Rodrigo Cunha, premiado na categoria de melhor ator pela performance. Em Espécie, o primeiro movimento não é o do corpo do performer, mas do espaço escuro invadido por quem o observa. Um feixe de luz invade o espaço, recorta o escuro e conduz o olhar do espectador, uma dança virtual. O feixe vem de um dispositivo móvel de comunicação, aparelho celular, tão ordinário, mas usado em condições tão extraordinárias que só podemos identificá-lo no final da ação. É ele que conduz o olhar do espectador, convidando-o a decifrar apenas as partes reveladas do corpo - corpo que nas partes revela o mundo todo. A memória sensória do espectador é provocada a todo instante. As partes revelam imagens que ora remetem ao selvagem, ora ao civilizado - ou ao não identificado, aberto ao desconhecido.
O corpo está em estado permanente de incorporação e transubstanciação nas imagens-presenças do velho, da mulher e do macaco. Três aparições que orientam o roteiro, a dramaturgia, que produzem sonoridades muito particulares e desenvolvem corporeidades específicas diante do feixe de luz. Espécie é o que escapa, é a passagem do existir no corpo, vida e morte em fluxo interminável do existir frente ao outro, revelado por um feixe de luz emprestado de uma continuidade intermitente do tempo, é a palavra construída durante a performance, no corpo em transformação, e o corpo, na sua capacidade presencial, dinâmica e energética, que se cria substância da palavra e da linguagem.
Temporada Espécie 2018 – Apoio do Fundo de Cultura
Espécie é um solilóquio, dirigido e concebido por Valéria Braga e interpretado por Rodrigo Cunha. Em cena, uma experiência intimista, em que a luz e o corpo se fundem revelando uma trajetória difusa, com inúmeros subtextos e provocações estéticas. Um feixe de luz que surge de um aparelho celular conduz o olhar do observador. Desenvolvido com investimentos da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Goiânia e contemplado em 2013, pelo Prêmio Funarte Myriam Muniz o espetáculo foi concebido para uma plateia que se aventura à escuridão. Um mergulho que instiga novas formas de ver o mundo, as coisas e as pessoas.
Com apoio Institucional do Fundo Arte e Cultura de Goiás 2016, a Temporada 2018 em Goiânia oferece 25 apresentações do espetáculo, a preços populares e em espaços acessíveis. Começa no Teatro Sesc Centro no dia 23 de janeiro, onde realiza 8 apresentações, passa pelo Centro Cultural UFG no início de março durante 6 dias, e encerra na Sala 8 da UFG, na Praça Universitária (atrás do Museu Antropológico). Após as apresentações serão ofertados debates de 20 minutos.
Durante três anos de pesquisa, com apoio da Vivace Escola de Teatro e Dança, com sede em Goiânia, as propostas de trabalho foram concebidas e experimentadas. Os movimentos e recursos cênicos concentraram nas dinâmicas e particularidades do corpo e suas relações com o espaço.
A temporada do espetáculo Espécie em Goiânia pretende difundir este inovador jeito de fazer teatro. A classificação indicativa é de 14 anos. Por possuir preço popular de ingresso diferentes faixas de renda devem compor o público, o que é positivo, pois democratiza o acesso à cultura e estimula a formação de plateias para esse tipo de obra cênica.
O mundo é apresentado nas partes iluminadas do corpo, cada parte revela o mundo todo. A luz, a superfície e a projeção. As sombras se instauram nas paredes do local e acrescentam ao corpo o seu duplo, em ato cênico. Como na caverna de Platão, os feixes de luz denunciam a dualidade entre fantasia e realidade, ciência e ilusionismo, presença e ausência. Além disso, uma pesquisa sonora que encontra no canto das baleias um padrão análogo ao das composições musicais humanas, colocando em xeque a separação entre as duas espécies. Isso é Espécie; uma aventura da vida fincada na gravidade da superfície.

Intérprete Rodrigo Cunha em performance. Imagem creditada a Luciana Barcelos
Ficha Técnica
Atuação: Rodrigo Cunha
Direção e Concepção: Valeria Braga
Preparação Corporal: Angélica Braga
Cenotecnia: Murillo Vieira
Produção: Fernanda Pimenta e Aline Willick
Fotografia: Luciana Barcelos
Vídeo: Douglas Oliveira
Design Gráfico: Rafaella Lopes
Apoio Insticional: Fundo de Arte e Cultura de Goiás
Apoio Cultural: UFG, Proec, CCUFG e Sesc
Realização: Vivace