Será que o Brasil está virando um grande call center?

O mundo do trabalho tem passado por constantes transformações. Da revolução industrial à revolução possibilitada pela tecnologia da informação, muitas modificações ocorreram no campo da produção e também na subjetividade dos trabalhadores/as, que tiveram que se adaptar às novas formas de trabalho. Com o objetivo central de analisar a dinâmica da nova classe trabalhadora no contexto brasileiro, esta pesquisa se debruça na investigação do trabalho desempenhado nas empresas de teleatendimento a partir de um estudo na cidade de Goiânia, Goiás.

Além de analisar as condições laborais e de gênero do setor, verificando os impactos do trabalho robotizado e características das atividades exercidas pelos/as operadores/as de telemarketing, buscou-se verificar as formas de resistência desenvolvidas pelas pessoas que trabalham nessas ocupações e suas percepções referentes às interações com clientes e supervisores/as, para entender como o trabalho emocional é exercido e impacta os/as teleatendentes.

Com a reforma trabalhista, a precarização, flexibilização, a insegurança e competitividade entre colegas de trabalho alimentadas no call center foi estendida a outros setores, o que pode criar uma “nova” classe trabalhadora, semelhante em suas condições precárias de trabalho.   

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