Produzir conhecimento, comunicar e garantir cidadania

O evento tem como objetivo criar um fórum acadêmico de debates e reflexões que envolvam a Comunicação, o Estado Democrático e a Cidadania. Os inscritos participarão de colóquios, mesas-redondas, minicursos, oficinas e mostras de cinema.

Na cerimônia de abertura, o reitor da UFG, Edward Madureira, foi representado pelo coordenador de Transferência e Inovação Tecnológica da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PRPPG). O coordenador da PRPPG destacou a parceria entre a UFG e a UCG e ainda lembrou que “a comunicação dissemina o conhecimento e a pós-graduação possui a função crucial de gerar o conhecimento”.

O reitor da UCG, Wolmir Amado, a coordenadora do Núcleo de Pesquisa em Comunicação da UCG, Ângela Moraes, a vice-coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da UFG, Ana Carolina Rocha, e o diretor da Faculdade de Comunicação e Biblioteconomia da UFG, Magno Medeiros, estiveram presentes na abertura do encontro.

Após a cerimônia, o professor da Universidade de Brasília (UnB), Murilo César Ramos, e a professora da Universidade Federal Fluminense (UFF), Marialva Barbosa, ministraram a conferência “Comunicação e Estado Democrático”. O professor da UnB fez a relação entre política e técnica e incluiu a televisão digital na discussão. Para Murilo César Ramos, “a política vive sobre altos rigores técnicos e isso faz com que os especialistas tomem o espaço do cidadão. Dessa forma, a relação povo, história e sociedade se enfraquece”.

O argumento central do professor da UnB é que o ambiente institucional vigente hoje, fragmentado e disperso, ignora o valor social do trabalho e privilegia a livre iniciativa. “Nesse sistema, os patronatos da comunicação são favorecidos e o processo comunicacional vem sendo forjado ao longo da história, o que compromete fortemente a cidadania”, destacou Murilo César Ramos.

A professora da UFF relacionou a temática da conferência com a história. Marialva Barbosa reiterou que “a questão histórica é permeada pelo Estado e pela Cidadania e as relações de poder nos momentos políticos são estabelecidas pela imprensa”. Para a professora, é preciso entender o Estado não como coisa ou sujeito, mas como Estado ampliado, relacional e de consenso ativo, segundo a concepção de Gramsci.