Abertura do Congea destaca a importância da Educação Ambiental

Evento, que reúne educadores ambientais de várias partes do país, segue até dia 18 no câmpus II da UFG

O Congea nasceu como a realização de um sonho. Foi com essa frase que a professora Sandra de Fátima Oliveira iniciou sua fala ontem à noite na abertura do I Congresso Goiano de Educação Ambiental (Congea). O congresso contou com a presença de Raquel Trabjer, coordenadora geral de Educação Ambiental do MEC, de Roberto Freire, da Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Estado de Goiás, de Ari Soares, superintendente do IBAMA em Goiás, de Edvânia Brás, coordenadora de Desenvolvimento e Avaliação da Secretaria de Educação do Estado, de Mirene Xavier, gerente de Educação Ambiental da Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma), e do reitor da UFG, professor Edward Madureira Brasil.

 

A professora Sandra ressaltou a importância do papel da educação ambiental para gerar o sentimento de pertencimento e integração de todos com o meio ambiente. A professora lembrou que o congresso, que nasceu com a intenção de ser apenas um encontro, adquiriu grandes proporções, com mais de mil inscritos de 15 estados do país.

 

Edvânia Brás comentou o tema e as parcerias realizadas com a intenção de aprofundar as discussões sobre educação ambiental. Ari Soares defendeu que é preciso diminuir o número de ‘analfabetos ambientais’ na medida em que surgem conflitos e buscam-se soluções para o problema. Roberto Freire acredita que é preciso investir na educação ambiental para interromper o ciclo de degradação do meio ambiente, que nem sempre pode ser quebrado somente com práticas sofisticadas.

 

Raquel Trabjer lembrou que as universidades devem cumprir seu papel na busca da sustentabilidade de duas maneiras diferentes. A primeira seria na formação de professores capacitados para transmitir a crítica participativa, emancipatória e de transformação, capaz de gerar mudanças concretas pelo caminho da educação ambiental. Além disso, Raquel acrescentou que é preciso que exista atitude e não somente uma mudança de pensamento superficial sobre o tema.

 

O reitor da UFG lembrou os projetos práticos da universidade no âmbito da auto-sustentabilidade com o projeto “De volta para a Natureza” que visa reintegrar os macacos pregos que habitam as matas do câmpus II, além do tratamento especial dado aos resíduos tóxicos produzidos na UFG. O reitor adiantou que está prevista para o próximo mês a implantação da coleta seletiva do lixo produzido na universidade.

 

Em seguida, o palco do congresso recebeu algumas apresentações artísticas. O grupo Vida Seca executou uma performance de percussão com materiais recicláveis. O Centro de Tradições de Cultura Goiana (CTCG) dançou catira e declamou poemas. Encerrando a abertura do Congea, Alexandre Rocha e Joaquim Sales cantaram músicas regionais. O Congea se realiza no câmpus II da UFG até o dia 18 de outubro.

 

A necessidade de uma educação ambiental crítica

 

Com o tema "Educação ambiental frente aos desafios globais", o professor Mauro Guimarães da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), iniciou as atividades do Congea hoje pela manhã. Mauro destacou a importância de uma educação ambiental crítica capaz de permitir que o saber e o sentir sobre o tema se dêem de forma diferenciada em um movimento que acredita que as minorias podem ir além e conquistar na prática os frutos produzidos pela educação ambiental. A formação dos professores da educação ambiental não deve ser vista como apenas uma forma de transmitir conhecimentos ecologicamente corretos, mas também ir além do aspecto cognitivo, trabalhando a parte afetiva dos indivíduos, produzindo com isto a prática reflexiva na educação ambiental. O professor lembrou que mais do que cada um fazer a sua parte, quanto ao que se refere ao meio ambiente, é necessário que exista interação entre todos, visando à aplicação concreta das práticas de educação ambiental.

 

 

 

 

 

 

Fonte: Ascom/UFG

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