Seminário sobre drogas na UFG reúne especialistas, professores e alunos
O Seminário Sobre Drogas na UFG – Políticas e Ações, realizado no Salão Nobre da Faculdade de Direito, durante todo o dia de ontem (21/11), contou com a presença de representantes de vários segmentos sociais, além de professores e estudantes da UFG. O objetivo do evento foi discutir a temática visando a proposta de uma política institucional, bem como ações de ensino, pesquisa e extensão que possam contribuir para esse intento. Na oportunidade foi assinado um Acordo de Cooperação Técnica entre a UFG e o Ministério Público de Goiás, no qual a universidade compromete-se a colocar à disposição o conhecimento que produz em prol do acordo.

Assinatura do Acordo de Cooperação Técnica entre UFG e Ministério Público
A professora Sônia França, representante do Fórum Goiano de Enfrentamento ao Crack e Outras Drogas, afirmou que o envolvimento da UFG com a proposição de políticas públicas em “defesa da vida” é fundamental para a sistematização das ações. O superintendente de Direitos Humanos da Secretaria de Segurança Pública e Justiça de Goiás, Edilson de Brito, salientou as iniciativas do governo estadual de liberar recursos para ampliação de leitos em comunidades terapêuticas e ações preventivas, bem como o incentivo à criação dos Conselhos Municipais de Políticas Sobre Drogas. Ele também falou da importância de se evitar ações isoladas.
O coordenador do Centro de Apoio Operacional dos Direitos Humanos e do Cidadão do Ministério Público de Goiás, Maurício Gebrim, apresentou o programa InterAção, do qual a UFG é parceira, voltado para a prevenção ao uso de drogas, o tratamento, a reabilitação e a reinserção social do usuário, além do combate ao tráfico. Segundo ele, é preciso prevenir, cuidar e coibir. O programa foi pensado em consonância com a política nacional sobre drogas, sistematizando ações isoladas como mobilizadoras da sociedade e promovendo o chamado “acoplamento estrutural”, além da criação de uma agenda integrada de ações.
Já o professor Domiciano Siqueira, da Associação Brasileira de Redução de Danos, em uma fala ao mesmo tempo polêmica e envolvente, definiu o que para ele é o cenário nacional das drogas e do papel da universidade nesse contexto. O trabalho foi encerrado com uma Intervenção Musicoterapêutica do curso de Musicoterapia da UFG.
Durante a tarde, o vice-reitor da UFG, Eriberto Francisco Bevilaqua Marin, iniciou as discussões acerca do assunto chamando a atenção para as atividades já desenvolvidas no ensino, na pesquisa e na extensão. Ele salientou que existe uma grande quantidade de ações, mas algumas não são registradas ou deixam de ser amplamente divulgadas.

Grupos de trabalho refletiram sobre políticas e ações sobre drogas na UFG
Antes da formação dos grupos de trabalho para discutir o tema do seminário, algumas metas foram apontadas. Entre elas, a criação do núcleo de estudos e pesquisa sobre drogas e o envolvimento da comunidade na busca por soluções para o problema.
Os participantes dividiram-se em dois grupos de trabalho para debater os princípios norteadores da política institucional sobre drogas na UFG, e quais ações cada representante de unidade considerava importantes para a temática. Os grupos também identificaram demandas nas unidades e a existência de cuidados dispensados a servidores e alunos em relação ao tema.
Após apresentar os resultados relevantes dos debates, o vice-reitor disse que uma nova reunião será marcada para finalizar o texto. Ao divulgar que, no período da manhã, estavam presentes 160 pessoas, Eriberto Marin disse se sentir “realizado e motivado a dar continuidade ao trabalho na UFG”.
Fonte: Ascom/UFG
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