Técnico-administrativos da UFG decidem continuar greve
Os servidores técnico-administrativos da UFG decidiram continuar a greve da categoria, que já dura 38 dias. A decisão foi tomada na manhã desta quinta-feira, dia 5 de julho, em assembléia realizada pelo comando de greve do Sindicato dos Trabalhadores da UFG (Sint-UFG), no anfiteatro da Faculdade de Medicina da UFG.
O movimento grevista considerou que o Governo Federal não apresentou propostas concretas às reivindicações dos servidores, após a última reunião realizada entre a Federação de Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Brasileiras (Fasubra) e os Ministérios da Educação (MEC) e do Planejamento, no dia 2, em Brasília. Na avaliação de João Alcione, vice-coordenador do Sint-UFG, “o balanço da greve mostra que houve um avanço em relação à negociação do Governo Federal com os grevistas, mas nenhuma proposta concreta foi apresentada para que motivasse o seu encerramento”.
Os servidores reivindicam a reestruturação da tabela de salários para todas as categorias – de A a E, a implementação de um Plano de Saúde para os servidores administrativos, a não incorporação do VBC ao salário dos servidores, a retirada do Projeto de Lei Complementar PLP 01/2007, que limita o crescimento com despesa de pessoal a 1,5% da inflação ao ano, além do direito à greve no funcionalismo federal e a manutenção dos hospitais universitários vinculados às universidades, em contrapartida à proposta do governo federal de transformação em fundação estatal.
Segundo João Pires Júnior, diretor do Sint-UFG, na reunião do dia 2 de julho, o MEC sinalizou a implementação do Plano de Saúde para os servidores ainda em 2007, mas nada foi acordado em relação às outras reivindicações da categoria. Apesar disso, ele considera que a greve nacional dos servidores, que já atingiu 32 universidades, tem sido positiva, pois conseguiu retardar no Congresso Nacional a votação da PLP 01/2007 e levantar no MEC a discussão com as entidades sindicais sobre a gestão dos hospitais universitários.
João Pires também destacou a importância do apoio de várias entidades para o fortalecimento do movimento de greve dos servidores da UFG, entre elas a Associação dos Docentes da UFG (Adufg), a Adcc (Associação dos Docentes do Campus de Catalão) e a Adcaj (Associação dos Docentes do Campus de Jataí), que estavam presentes na última assembléia da categoria.
Para o mês de julho, o movimento de greve do SINT-UFG decidiu concentrar suas atividades no Hospital das Clínicas e no posto do comando local de greve, localizado em frente aos prédios do Centro de Gestão do Espaço Físico (Cegef), Centro Editorial e Gráfico (Cegraf) e Departamento de Material e Transporte (DMP) da UFG, onde os servidores têm realizado piquetes diariamente.
As últimas atividades do movimento foram realizadas no Hospital das Clínicas, com uma manifestação dos servidores em frente ao Setor de Acolhimento do hospital (dia 29 de junho) e a visita de parlamentares às instalações da unidade (dia 4 de julho). Os servidores também já realizaram passeatas pelo centro da cidade de Goiânia, concentração na Praça do Bandeirante e audiências públicas na Câmara Municipal de Goiânia e Assembléia Legislativa de Goiás.
Fonte: Assessoria de Imprensa