Conexões de Saberes discute as propostas de acesso diferenciado na UFG

O segundo seminário local "Acesso e permanência de estudantes de origem popular na Universidade Federal de Goiás (UFG)" ocorreu na última quinta-feira, 29, no auditório do Instituto de Estudos Sócioambientais (Iesa). A conferência foi organizada pelo Programa Conexões de Saberes, aberta a toda comunidade universitária.

       A coordenadora local do Programa, Angelita Lima, destacou a importância do Seminário. “Ao instalarmos esta conferência estamos dando um passo para firmar a discussão de inclusão e permanência de alunos de origem popular, possibilitando a criação de uma Universidade mais democrática”.

          Durante a Mesa-Redonda "As propostas de acesso diferenciado na UFG", o professor Juarez Maia, da Faculdade de Comunicação e Biblioteconomia, mostrou que, no momento, o principal impacto das ações afirmativas dentro da UFG é a possibilidade de se discutir a questão das cotas nas Universidades. “Se é necessário a inclusão é porque há exclusão, por isso é tão importante os projetos de ações afirmativas para que se equilibre toda essa questão”.

            A representante do Coletivo de Alunas Negras Beatriz Nascimento (Canbenas), Maria Gorete Souza, explicou que as pessoas confundem bonificação com reserva de vagas. “Nós queremos que os estudantes possam entrar nas universidades com certeza absoluta de que eles estarão lá. O processo de bonificação não garante o ingresso no ensino superior.”

Ainda esteve presente na conferência o coordenador do Projeto Conexões do Saberes da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), em São Luís, Álvaro Pires. Ele apresentou o projeto de implantação de cotas na UFMA, em que 25% das vagas do vestibular deste ano serão reservadas para alunos negros e outros 25% para alunos oriundos de escolas públicas. O professor destacou ainda a importância da mobilização social para a inclusão de negros, índios e minorias.

            A ausência da Pro-reitora de Graduação, Sandramara Matias Chaves, devido ao falecimento da professora Verbena Lisita, que coordenava o Centro de Seleção da UFG, impossibilitou uma discussão mais detalhada a respeito do projeto UFG Inclui.