Cursos de Engenharia atraem atenção dos estudantes que visitam o Espaço das Profissões

Texto: Jaqueline Télis

Fotos: Wéber Félix

Quem visitou os espaços interativos no Centro de Aulas Aroeira pôde conferir as explicações sobre cada curso com demonstrações de manuseio de equipamentos, o processo de fermentação que dá origem à cerveja, modos de cultivo sem uso de agrotóxicos, entre as criações dos próprios alunos da UFG, só para citar algumas das ideias dos estudantes. Algumas turmas, inclusive, bolaram estratégias para atrair a atenção dos estudantes de ensino médio que passavam pelos corredores do prédio, como no caso dos alunos de Engenharia de Alimentos fantasiados de ketchup e mostarda.

Os estudantesque visitaram o espaço interativo do curso de Engenharia de Alimentos tiveram a chance de aprender sobre a cadeia produtiva dos alimentos. Os monitores davam explicações sobre o tipo de matéria-prima utilizado na produção de um alimento de origem animal ou vegetal, a análise das propriedades funcionais de cada alimento, até sobre as embalagens que garantem um maior tempo de conservação do alimento. Além disso, explicações sobre o processo de fermentação pelo qual muitos alimentos passam para que possam ser consumidos, como, por exemplo, a cerveja, e sobre a produção da cachaça.

Estudantes do curso de Engenharia de Alimentos no Espaço das Profissões 2012

Alguns estudantes da UFG participaram pela primeira vez do Espaço das Profissões como monitores. É o caso de Maicon Douglas Nascimento, que está no primeiro período de Engenharia de Alimentos. Ele contou que, para participar no evento, teve de aprender muitas coisas que ainda não estudou no curso. Já Meike Barp, do terceiro período, conta que o Espaço das Profissões a ajudou a decidir por Engenharia de Alimentos e revela estar muito feliz com sua escolha. Em sua opinião, o evento permite que os estudantes conheçam o curso, novo na universidade e não muito popular entre as demais engenharias. “Nós percebemos que os alunos das escolas vêm despreparados, pois não conhecem o nosso curso. Aqui eles podem ver na prática o que fazemos, desde o trabalho com o alimento como matéria-prima até chegar ao produto final”,  explicou Meike.

O Espaço das Profissões também é uma ótima ocasião para os estudantes e professores falarem sobre projetos de pesquisas desenvolvidos em suas unidades. Os estudantes do curso de Engenharia de Alimentos explicaram o projeto de pesquisa sobre microalgas aos visitantes e a importância do projeto para o estudo das propriedades funcionais desses alimentos.

No espaço interativo da Engenharia Florestal, os visitantes puderam conhecer os vários tipos de madeira e o uso apropriado de cada espécie como matéria-prima para a produção industrial. Adriana Sousa Campos, do sétimo período, conta que participa do Espaço das Profissões quase todos os anos desde que ingressou na UFG. Sobre as novidades que a turma trouxe este ano, ela cita o equipamento chamado estação total, usado na medição de áreas e nivelamento do solo e também a caixa entomológica que mostra uma diversidade de insetos, entre pragas e polinizadores.

A professora do curso de Engenharia Florestal, Francine Calil, falou que praticamente toda a organização e montagem do espaço interativo do curso foi feita pelos estudantes e que eles se mostraram muito entusiasmados em participar do Espaço das Profissões.

O estudante de Engenharia da Computação, Kléber Macedo, mostrou o robô seguidor de linha analógico

O curso de Engenharia de Produção oferecido pelo Câmpus Catalão (CAC/UFG) trouxe seis estudantes acompanhados do professor Júlio Valandro para o Câmpus Samambaia. No espaço interativo do curso, os estudantes explicaram o que faz o profissional dessa área e deram informações sobre a grade curricular do curso. O estudante do sétimo período, Alex Alves, ressaltou a importância do evento, o qual, além de apresentar o curso aos estudantes pré-vestibulandos, incentiva uma interação entre as engenharias.

No espaço interativo de Engenharia da Computação, o estudante do sétimo período, Kléber Macedo, levou uma criação sua para apresentar aos visitantes: o robô seguidor de linha analógico. Kléber explica que o robô foi feito em parceria com um amigo da Física e que os materias que compõem sua criação foram reaproveitados. O professor do Colégio Rio Claro, no município de Caçu, Fernando Campos, elogiou a interação dos universitários com os estudantes do ensino médio. “Os universitários explicam o curso deles de uma forma tão interessante que acabam convencendo os alunos a seguirem a mesma carreira que eles”, destacou Fernando.

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