Estudantes do Cepae participam de conversa sobre suicídio

Texto: Angélica Queiroz

Fotos: Ana Fortunato

“Eu poderia estar morto”, “eu sou um perdedor”, “eu não posso fazer nada”. As frases, muitas vezes comuns no nosso dia-a-dia, podem ser alertas de ideação suicida e devem ser encaradas como um pedido de ajuda. Essa foi uma das lições aprendidas hoje por estudantes do Centro de Ensino e Pesquisa Aplicado à Educação (Cepae) da UFG, que participaram de roda de conversa sobre o suicídio, parte da programação do Setembro Amarelo, que visa prevenir o suicídio, uma das principais causas de morte no planeta – segundo estimativa da Organização Mundial de Saúde, a cada 40 segundos uma pessoa se suicida no mundo.

Estudantes receberam material com orientações sobre como reconhecer o alerta suicida

A coordenadora do Setembro Amarelo em Goiânia, Célia Maria Ferreira da Silva Teixeira, coordenou a atividade com os estudantes, que puderam fazer relatos e tirar dúvidas sobre o assunto, ainda visto como tabu na sociedade. Durante a conversa com psicólogas que trabalham na área, temas como depressão, bullying, dependência química e o sentimento quando acontece a perda de pessoas próximas pelo suicídio, vieram à tona. 

Para a coordenadora do Setembro Amarelo em Goiânia casos de suicídio não devem ser “abafados”, mas sim encarados como uma oportunidade para refletir sobre a questão. “Falar sobre o assunto é fazer prevenção. A escola não pode se fechar, precisa abrir as portas para se falar disso”, destacou Célia Maria. A especialista explicou aos estudantes sobre os principais alertas do comportamento suicida e como todos podem trabalhar para evitar que a intenção de se matar seja concretizada. “Essas pessoas precisam de apoio e o primeiro passo é ter com quem conversar”, orientou.

Coordenadora do Setembro Amarelo explicou aos estudantes como eles podem ajudar pessoas que pensam no suicídio como alternativa

Conversa com psicólogas abordou vários temas e tirou dúvidas sobre o assunto

Durante todo o mês de setembro serão realizadas atividades visando a prevenção ao suicídio, como rodas de conversa, palestras e oficinas. Confira a programação: