Grandes eventos esportivos no Brasil são discutidos em conferência
Texto: Luiza Mylena
Fotos: Matheus Giovane
A programação do 10º Conpeex tem chamado a atenção pelos assuntos que são abordados em minicursos, palestras, mesas-redondas e conferências. Na tarde de segunda-feira (14/10), o economista Marcelo Proni, da Unicamp, esteve no auditório da Biblioteca Central para debater um assunto que tem movimentado muitos cidadãos e, principalmente, muito dinheiro: os impactos dos megaeventos esportivos de 2014 e 2016.
O professor Marcelo Proni explica que existem diferenças entre impacto e legado
Após explicar como os eventos esportivos passaram a ter o status de mega eventos, sendo a grande mídia uma responsável importante pelo feito, o economista fez um breve retrospecto dos eventos esportivos em outros países, alguns deles com resultados positivos, como a Copa do Mundo da Alemanha, em 2006, e outros que não tiveram frutos tão bons, como as Olimpíadas de Atenas, em 2004.
Legado x Impacto
O professor explicou que existe uma diferença entre legado e impacto, e esses fatores afetam de diferentes formas as dimensões sociais, econômicas, culturais e sociais. Para Marcelo Proni, o legado são aquelas mudanças que irão perdurar, após o acontecimento da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016, já o impacto é um efeito que tem menor tempo de duração.
Na conferência, o professor Marcelo Proni explica que houve uma simplificação nos gastos para convencer a opinião pública de que os eventos trariam benefícios, mas ele acredita que “o retorno é muito pequeno em comparação com os gastos feitos.”
Estudantes dos Câmpus de Goiânia, Catalão e Jataí lotaram o auditório da Biblioteca Central
Ao fim da conferência, além de discutir sobre os megaeventos, os participantes puderam abordar as manifestações deste ano, que tinham como uma das reivindicações os gastos exorbitantes destinados às estruturas da Copa das Confederações, realizada em junho de 2013, e da Copa do Mundo.
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Fonte: Ascom/UFG