TV UFG traz Nelson Breve para seu 2º Colóquio
Texto: Anamaria Rodrigues
Fotos: Wéber Félix
Na quinta-feira (06), a TV UFG, em comemoração a seu aniversário de três anos, realizou pela manhã o seu 2º Colóquio, com a presença do presidente da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), o jornalista Nelson Breve, tendo como temática “Os novos desafios da TV Pública”.
Nelson Breve declarou que os novos desafios para a TV pública são os mesmos velhos desafios, que não mudaram muito. Financiamento, independência, imparcialidade, audiência, convergência e conteúdo ainda são as grandes questões. Entre os desafios citados, Nelson Breve destacou a importância do conteúdo, pois “é pelo conteúdo que ajudamos a formar a consciência crítica das pessoas. A gente existe para levar educação e cultura, ou seja, para que as pessoas possam exercer a sua cidadania melhor. E isso é difícil no mundo inteiro, até com entidades com muitos anos nessa área”, afirmou.
Uma das grandes dificuldades da TV pública reside no monopólio da audiência pelo setor privado de Comunicação. Para manter essa audiência, implantarm um modelo de programação centrado no estímulo ao consumo. Assim, os programas não são planejados para educar e informar as pessoas. Segundo Nelson Breve, o modelo é destinado a “vender shampoo, carro e cerveja. É para isso que serve”. Com o tempo, consequentemente, as pessoas se acostumam com esse formato. Quando se deparam com um formato diferente, como o da TV pública, elas não se sentem atraídas.

De acordo com Nelson Breve, é preciso mudar essa realidade, já que esta é a razão de existir de qualquer ambiente de comunicação, principalmente da comunicação pública. Está aí o grande desafio. Como atrair a população? É preciso “encontrar formatos que atraiam e até mesmo copiar alguns já existentes e remodelar”, explicou. Mas é necessário recursos, que já são disputados com outras áreas como saúde, segurança pública e assistência social.

Nelson Breve anunciou a abertura de um processo de licitação para escolha de uma agência de publicidade: “precisamos fazer a nossa publicidade, pois, sem ela, é impossível fazer comunicação de massa. Para assim podermos mostrar o que é comunicação pública”. Nelson Breve também destacou o esforço para colocar em ação o Operador Nacional da Rede Pública Digital, uma infraestrutura fundamental para a comunicação pública, que irá permitir a todos os difusores públicos ter uma única plataforma de distribuição, reduzindo assim o custo operacional. “Tudo isso é fundamental, mas tudo passa pelo financiamento. A nossa lei prevê o financiamento da TV pública, mas ainda não vimos a cor do dinheiro”, afirmou.
Fonte: ASCOM/UFG
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