Profissionais discutem estratégias de diagnóstico e prevenção do câncer de mama
Especialistas nacionais e internacionais em câncer de mama participaram, de 10 a 12 de maio, no Castro’s Park Hotel, do Goiânia Breast Cancer Symposium (GBCS), evento científico internacional realizado pelo Programa de Mastologia do Hospital das Clínicas da UFG, em parceria com a Associação dos Portadores de Câncer de Mama (APCAM).
O evento teve como objetivo promover a interação e o intercâmbio entre pesquisadores básicos, epidemiologistas, patologistas, imaginologistas, cancerologistas, oncologistas clínicos, cirurgiões e clínicos que lidam com o câncer de mama.
Dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) mostram que estão previstos mais de 50 mil novos casos de câncer de mama no Brasil. Em Goiás serão mais de mil, sendo 450 somente em Goiânia. Uma boa notícia anunciada pelos profissionais é a queda nas capitais brasileiras da incidência de mortalidade de mulheres com câncer de mama. Goiânia é uma delas, cuja redução é de 1,5% ao ano.
Apesar disso, a cobertura mamográfica nas cidades do interior do estado ainda é bastante desigual. “No interior, a cobertura atinge menos de 10% das mulheres com idade acima de 40 anos.” É o que afirma o mastologista e chefe do Programa de Mastologia do HC-UFG, Ruffo de Freitas Júnior. Em Goiânia, esse índice sobe para perto do ideal – 68% (o ideal é 70%).
Essa é uma realidade não só de Goiás, mas de todas as regiões brasileiras. Um dos conferencistas do evento, o mastologista do HC da Universidade de São Paulo (USP), Carlos Alberto Ruiz, destaca que os mamógrafos também estão mal distribuídos entre as regiões do Brasil – 60% dos equipamentos estão concentrados na região Sudeste. Isso mostra que as mulheres de cidades interioranas encontram dificuldades para ter acesso aos exames preventivos e de diagnóstico da doença.
De acordo com Ruffo, várias ações já estão sendo feitas no interior de Goiás para tentar reduzir essa disparidade com a capital. Entre elas estão a capacitação das equipes dos profissionais de Saúde, a educação e informação da população e a parceria com prefeituras para o aporte de recursos destinados ao rastreamento da doença nas cidades, como será feito em Rubiataba, Rio Verde, Jataí, Catalão e Goiatuba.

Uma novidade do evento foram os trabalhos de reabilitação com terapias, como a musicoterapia, que ajuda a reduzir os efeitos colaterais de tratamentos radioterápicos.

Durante o evento, especialistas discutiram também o avanço das técnicas de cirurgias e de novas drogas com menos efeitos colaterais.
O Goiânia Breast Cancer Symposium teve uma programação diversificada, com workshops, hot topics, conferências, debates, sessões gerais e discussão de pôsteres.
Fonte: HC/UFG
Categorias: Evento