X Semana da História segue até dia 10 de junho
X Semana da História segue até dia 10 de junho
Edição deste ano valoriza a interdisplinaridade
Começou ontem, 8 de junho, a X Semana de História. A semana baseou sua programação, elaborada pelos alunos da graduação e do mestrado do curso, na Semana de Arte Moderna de 1922. As atividades, que contam com sessões coordenadas pelos professores e minicursos, seguem até o dia 10. As inscrições para obtenção de certificados já foram encerradas. Estudantes e pesquisadores de várias universidades de Goiás e também de outros estados realizaram inscrições.
A conferência de abertura, Por uma História Antropofágica? A problemática das relações interdisciplinares, foi ministrada pelo Prof. Eugênio Rezende de Carvalho, e percorreu os períodos que marcaram a história da História. O primeiro momento remete a como a história surgiu enquanto disciplina no século XIX, tentando delimitá-la frente às demais ciências humanas, como a Sociologia e a Antropologia. Em 1929, surge a Escola de Annales, que busca romper com a visão de uma história compartimentada e puramente cronológica. Nesse momento houve uma aproximação com as disciplinas das ciências humanas. Mais tarde, após a década de 80, houve um fortalecimento do esforço por colher modelos de outras áreas do conhecimento.
Tila de almeida Mendonça, estudante do terceiro período de História e orientanda do Prof. Eugênio, explicou que a conclusão da palestra ministrada na abertura da semana resume a intenção dessa edição; “A ideia foi utilizar-se destas questões da antropofagia para pensar sobre a interdisciplinariedade. Assim como a antropofagia, no sentido da Semana de 1922, seria pegar uma produção do outro e modificar para obter o seu, a História empresta conceitos das demais disciplinas e trasnforma-os em pontos históricos.”
Graduando do último ano de História, Maicon da Silva Camargo, que também participa da organização do evento, enfatizou a forte ligação entre História e literatura, tema da análise de seu trabalho sobre Os Lusíadas, de Luís de Camões. “São muito comuns trabalhos que fazem essa ponte entre as duas áreas. Tradicionalmente, a literatura está ligada à ficção. Mas a liberdade dessa narrativa pode nos permitir perceber os elementos mais íntimos da História que muitas vezes não são oferecidos pelos documentos oficiais”.
Anne Caroline Fernandes, que se formou em Letras e está fazendo especialização em História, parabenizou a organização do evento. “A questão da interdisplinaridade me chamou a atenção. O formato do evento possibilita ótimas discussões para pesquisadores de todas as áreas envolvidas”, comentou. Na tarde de ontem, as sessões envolveram pesquisas da área de Comunicação, Pedagogia, Letras e até mesmo Física.
Fonte: Ascom/UFG
Categorias: congresso