Pesquisadores discutem a consolidação de uma política de prevenção de catástrofes

Monitoramento de áreas e conscientização da população são apontados como definidores de um sistema eficiente de redução de riscos

Por Gilmara Roberto

 

Como parte da programação da 63ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), especialistas compuseram uma mesa–redonda para debater o tema “Monitoramento e prevenção de catástrofes ambientais”.

O analista do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), Antonio Marcos Mendonça, apresentou o projeto do Sistema Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais que vem sendo instaurado pelo Governo Federal.

Ele explicou que o sistema passará por quatro etapas para sua consolidação: conhecimento das áreas de risco no Brasil; criação de um sistema de monitoramento e alerta; difusão das informações sobre as áreas de risco; e, por fim, deverá fazer um levantamento dos efeitos das atividades do sistema.

Como parte desse sistema, Antonio Marcos Mendonça anunciou a criação do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais que deverá emitir alertas operacionais sobre situações climáticas de riscos e também ter capacidade de desenvolver pesquisa.

O analista do MCT mencionou ainda que entre as metas do governo federal para os anos de 2012 a 2015 estão o zoneamento espacial de risco de cerca de 500 municípios e 200 bacias hidrográficas, a expansão da rede de radares meteorológicos, a construção de uma rede de comunicação comunitária de alerta por SMS, a elaboração de uma rede de educação ambiental e, por fim, a criação de Centros Regionais de Alerta e Prevenção de Catástrofes.

O professor da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), Francisco de Assis Dourado da Silva, destacou que tão importante quanto o monitoramento é a conscientização da população sobre as situações de risco. Ele afirma que isso só será possível por meio de processos educativos que atinjam especialmente as crianças.

Francisco Dourado destacou a importância da atuação de formadores de opinião que possam agir na conscientização da população


O representante do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), Luiz Cavalcanti, por sua vez, destacou a importância da consolidação de centros virtuais de monitoramento integrados no país. Segundo ele, seria uma forma de incrementar a cooperação entre as instituições de pesquisa e monitoramento de catástrofes, de promover melhoras no que se refere ao indicativo de prognósticos e à emissão de alertas e de desenvolver uma linguagem comum entre os centros de pesquisa.

Fonte: Ascom/UFG