Programação cultural marca segundo dia do Espaço das Profissões

Em meio a tantas palestras, salas interativas e muita informação, o estudante que está acompanhando a terceira edição do Espaço das Profissões da UFG tem mais uma opção de conhecimento. Inéditas na programação do Espaço, as apresentações culturais foram bem recebidas pelo público e agradaram quem procurou um descanso embaixo das árvores próximo ao Centro de Convivência.

O Palco ao Ar Livre, montado entre o Centro de Convivência e o prédio da Faculdade de Artes Visuais (Fav), recebeu às 9h o Grupo de choro da Escola de Música e Artes Cênicas da UFG (Emac). Formado por quatro músicos – três professores da UFG e um músico convidado, o grupo apresentou músicas clássicas do chorinho, como Brasileirinho e Tico Tico no Fubá. Formado a quatro anos, o grupo vem retomando as atividades desde o início deste ano. Na ocasião, apresentaram-se os músicos Johnson Machado na clarineta, Júlio Lemos no violão de sete cordas, Nonato Mendes no cavaquinho e Diego Amaral na percussão.

Os estudantes acompanhavam a apresentação enquanto corriam de uma palestra a outra. Alguns, no entanto, se detiveram mais tempo ouvindo o grupo de chorinho. Foi o caso do estudante Marcos Ribeiro, do Colégio Polivalente de Niquelândia. Pela primeira vez no evento, o vestibulando disse estar satisfeito com a inciativa da universidade e que, de fato, o Espaço ajuda na escolha do curso. “Mas ainda estou em dúvida. Tenho vontade de cursar Engenharia Metalúrgica, que não tem aqui em Goiás, mas tenho interesse em fazer Música também, uma área que gosto muito”, explica Marcos.

A programação cultural pela manhã seguiu, com a apresentação de Júlio Lemos e o Trio Brasil Acústico e também do Coro de graduação da Emac. O público, agora com mais espectadores, apreciou as canções, enquanto esperavam a hora de ir embora ou almoçar para acompanhar a programação na parte da tarde. Isabela Morelli, do Colégio Pitágoras de Trindade, aprovou as apresentações. “Estive no Espaço das Profissões ano passado e quando chegava perto da hora do almoço, não tínhamos o que fazer. Com essa programação, podemos ouvir uma boa música”, destaca a estudante.

Você sabe amassar uma lata sem tocá-la?

Cartazes espalhados pela universidade instigavam os estudantes a entrarem nas salas interativas. Extração de DNA, tipologia sanguínea, lançamento de foguete, inquietações com o mundo, tudo isso chamava a atenção para um curso. Em cada sala interativa, o estudante entra no mundo do curso. Professores e monitores se encarregam da realização de atividades lúdicas, que encantam os estudantes. Rubiane Fialho Alves, estudante de licenciatura em Química, monitora no estande do curso, acredita que os estudantes ficam tão entretidos porque veem na prática as reações complexas que aprendem em sala de aula. “Usamos materiais simples, mostramos coisas do dia a dia. Acredito que os professores deveriam usar mais esses métodos em sala de aula, pois facilita o aprendizado”, salienta a futura professora. Além de amassar uma lata sem tocá-la, utilizando diferença de pressão atmosférica, o estande da Química fez uma destilação de açúcar em cachaça e lançava frequentemente um foguete feito de garrafa pet movido a etanol.

Ver na prática o que se aprende na sala de aula chama a atenção na sala interativa da Química

O Espaço das Profissões tem a expectativa de receber, durante os dois dias do evento, cerca de 30 mil estudantes, de escolas públicas e particulares de todo o estado. Para o reitor da UFG, Edward Madureira Brasil, isso é sinal do sucesso do evento, pois há um aumento considerável de participação dos estudantes desde a 1ª edição do Espaço. “Mais do que simplesmente oferecer informações sobre os cursos, nosso objetivo é diminuir a tensão do processo seletivo e da escolha da profissão, o que pode inclusive, diminuir o índice de evasão”, conclui o reitor.