Encontro do curso Gestão Solidária da Atenção Hospitalar reúne representantes de 27 municípios

Evento visa a qualificação dos gestores da saúde dos municípios

Nos dias 11 e 12 de agosto foi realizado, em Corumbá (GO), o encontro presencial do 2º módulo do curso de extensão em Gestão Solidária da Atenção Hospitalar, promovido pela Região Integrada de Desenvolvimento do Entorno do Distrito Federal (Ride-DF) e instituições parceiras. O curso de extensão integra o Projeto de Organização da Rede de Atenção à Saúde da Ride-DF, sob coordenação do professor Elias Rassi, do Núcleo de Saúde Coletiva do Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública (Nesc/IPTSP/UFG). Conta com o financiamento do Ministério da Saúde e parceiros como o Nesc/UFG, o Núcleo de Estudos de Saúde Pública da Universidade de Brasília (Nesp/UnB), a Secretaria da Saúde do Estado de Goiás e a Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde (Fepecs).

Voltado para a qualificação dos gestores da saúde dos municípios que compõem a Ride-DF, o trabalho objetiva, entre outras atividades, a produção de um Plano Diretor da Atenção Hospitalar para essa região. Representantes de 27 municípios (GO, DF e MG) participam do curso: secretários municipais de Saúde, diretores de hospitais, coordenadores das Regionais de Saúde e outros chefes de serviço da área hospitalar, além de coordenadores das áreas de Atenção Básica.

O 2º módulo teve como tema a Atenção Hospitalar na Ride-DF e contou com mesas-redondas, oficinas e grupos de trabalho. No debate sobre a construção de fluxos entre serviços hospitalares e não hospitalares, estiveram presentes o doutor em saúde pública, Flávio Goulart, e a representante da Secretaria Estadual de Saúde, Loreta Marinho Queiroz, que integra a Superintendência de Planejamento da SES.

“Não há nada que tenha mudado tanto nesse país quanto a saúde”, declarou Flávio no início de sua fala sobre os benefícios e próximos desafios do SUS. Ao tratar das fragilidades e das necessárias modificações dos sistemas de saúde pública, Goulart afirmou que “esse sistema fragmentado e reativo não se antecipa aos fatos. Há uma crise dos Sistemas de Saúde em todo o mundo. Eles se organizam de forma muito fixa, de modo que até mesmo a transição demográfica e epidemiológica é mais rápida que a atual capacidade de mudança desses sistemas. Os desafios são muitos”.

O palestrante também discutiu a responsabilização das gestões, organização dos serviços de saúde, integralidade e os efetivos resultados do sistema.

Enfatizando o princípio de regionalização, Loreta Marinho Queiroz falou sobre a organização dos serviços de atenção no SUS. Ela conceituou e elencou serviços de atenção primária, média e alta complexidade, explicando ainda o Plano Diretor de Investimento (PDI) e a Programação Pactuada e Integrada da Atenção em Saúde (PPI). “Através dessas estratégias, estamos buscando um caminho que vai dos sistemas fragmentados às redes integradas de atenção à saúde, que permitam prestar uma assistência contínua às populações e que se responsabilizem pelos resultados sanitários e econômicos relativos a essas populações”, explicou Loreta.

Também em mesa-redonda, a representante do Nesp/UnB, Margarita Urdaneta, levou ao grupo a proposta para a elaboração de um Inquérito Populacional. Organizados em grupos de trabalho, sob orientação dos professores tutores, os discentes também puderam debater e expor os resultados preliminares de suas pesquisas. O conteúdo completo de todas essas apresentações, você pode conferir no site www.nesc.ufg.br/ridesaude. O próximo encontro presencial desse módulo do curso será realizado nos dias 13 e 14 de setembro, novamente na cidade de Corumbá.

 

Fonte: ASCOM/UFG