Palestras propõem reflexão sobre gênero e sexualidade

Evento integra ciclo de palestras do Programa de Formação em Pesquisa, da PRPI

Texto: Tainá Azevedo

Fotos: Adriana Silva

Campo de estudo amplo e multidisciplinar, a pesquisa em gênero e sexualidade foi o tema abordado em duas palestras realizadas na tarde desta quarta-feira (29/9) no Centro de Eventos da UFG. O professor da Faculdade de Ciências Sociais (FCS), Camilo Braz, abordou as contribuições das pesquisas sobre essa temática e a psicóloga Beth Fernandes discutiu a relação entre Organizações Não Governamentais, movimentos sociais e o Estado.

O evento, transmitido ao vivo para as Regionais Catalão e Jataí, foi proposto pelo Programa de Formação em Pesquisa, da Pró-Reitoria de Pesquisa e Inovação (PRPI), que tem como objetivo difundir a ciência e a pesquisa na Universidade, além de capacitar a comunidade acadêmica para atuar como pesquisadores. O público se envolveu com a temática e fomentou a discussão com perguntas e opiniões.

Camilo, professor de Antropologia na UFG desde 2010, atua principalmente com sexualidade, gênero e corpo. Ele ressaltou o volume de produção sobre essas temáticas na UFG, tendo em vista a quantidade de pesquisadores na área. Para o professor, gênero e sexualidade são objetos de estudo da Antropologia na medida em que esta área do conhecimento busca uma teia de significados definidos pela diferença e para a diferença.

Gênero e Sexualidade

Professor Camilo Braz, da Faculdade de Ciências Sociais, proferiu palestra intitulada Contribuições da Pesquisa em Gênero e Sexualidade

Como você se sente?
Segundo Camilo, a Antropologia entende a orientação sexual e a identidade de gênero como processos de aprendizado e de significação que fogem ao determinismo geográfico ou biológico e ressalta que são processos distintos, mesmo que comumente confundidos pelo senso comum. Para ilustrar essa definição, o professor citou a filósofa Judith Butler: "O órgão sexual mais importante não está entre as pernas, mas sim entre as orelhas".

Já Beth Fernandes traçou um histórico da luta por visibilidade e reconhecimento da comunidade LGBT e falou "como psicóloga, como educadora e vestindo a própria pele". Beth é presidenta da Associação de Travestis, Transexuais e Transgêneros de Goiás (Astral), que atua na prevenção e na promoção de saúde e cidadania. Durante sua palestra, Beth convidou os presentes a pensarem o papel e a identidade de gênero.

Gênero e Sexualidade

Psicóloga e presidente da Astral, Beth Fernandes traçou um histórico da luta por visibilidade e reconhecimento da comunidade LGBT

Fonte: Ascom UFG

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