Conferência discute a superdotação nas etapas da vida
Atividade integra o VI Simpósio de Educação Inclusiva, que acontece entre 17 e 19 de outubro na UFG
Texto: Lorena de Sousa
Fotos: Adriana Silva
Em busca de aprofundar as discussões a respeito do ensino e aprendizagem de crianças, jovens e adultos com necessidades educacionais especiais, o Centro de Ensino e Pesquisa Aplicada à Educação (Cepae) e o Sistema Integrado de Núcleos de Acessibilidade (SINAce) da UFG deram início às atividades do VI Simpósio de Educação Inclusiva: Educando na Diversidade. A mesa e a conferência de abertura ocorreram nesta segunda-feira (17/10), e reuniram professores, estudantes, pais e trabalhadores da educação.
Para integrar a mesa, estiveram presentes o diretor do Cepae, Alcir Horácio da Silva, a Coordenadora do Núcleo de Acessibilidade da UFG, Vanessa Santana Dalla e a integrante da Comissão Inclusão do Cepae, Cláudia Barreto Bezerra. Vanessa Santana explicou que trabalhar com pessoas é sempre trabalhar com diversidade, e pontou que a inclusão é responsabilidade conjunta. “Fazer acessibilidade não é trabalho de apenas um núcleo, mas da junção de todas as pessoas”, defendeu.
Conferência
Com o tema Altas Habilidade/Superdotação, a palestrante Jane Farias Chagas-Ferreira da Universidade de Brasília (UnB) ministrou a conferência de abertura do evento. Para ela, ao se discutir o assunto, é importante levar em consideração que os termos superdotação, altas habilidades e talento são apenas sinônimos para um fenômeno multifacetado.
Pesquisas indicam que cerca de 5 a 20% da população possui altas habilidades em alguma área. Segundo a pesquisadora, não existe um tipo único de talento, já que as possibilidades são múltiplas e, por isso, é preciso atenção e sensibilidade para reconhecer cada uma delas. A maneira como tal talento se expressa vai depender de diversos fatores, entre eles o tempo, o espaço social e o acesso.
Para a pesquisadora, música, artes e esportes são apenas exemplos de áreas onde as altas habilidades se manifestam
Jane Chagas-Ferreira expôs as caraterísticas específicas da expressão das altas habilidades na fase da infância, da adolescência e na vida adulta. Durante a infância, a precocidade é um forte indicativo da superdotação. Apesar disso, segundo ela, é preciso considerar que nenhum indivíduo é bom em todas as áreas e valorizar a particularidade de gênero, já que dois terços dos superdotados atendidos são do gênero masculino.
Já na adolescência, de acordo com Jane Chagas, é necessário entender que muitos que possuem altas habilidades se dedicam a atividades solitárias de estudo e treinamento e um ponto a ser trabalhado nessa fase é a negação do talento pelo qual os indivíduos passam. "Os superdotados enxergam a ação de evitar seu talento como uma forma de tentar se encaixar no que se espera dentro dos padrões sociais", explicou. Por sua vez, nos adultos, o problema mais comum é o envolvimento extremo com as atividades de interesse, o que pode se tornar prejudicial às relações com a família, amigos e colegas de trabalho.
Professores, alunos, pais e trabalhadores da educação participam das atividades do simpósio
Conpeex
O simpósio é uma atividade complementar ao 13º Congresso de Pesquisa, Ensino e Extensão da UFG (Conpeex). O evento ocorre de 17 a 19 de outubro e tem como objetivo a divulgação da produção acadêmica, científica e cultural da instituição. Com o tema “Ciência Alimentando o Brasil”, o congresso é gratuito e aberto a toda a comunidade. Mais informações sobre a programação podem ser encontradas no site.
Fonte: Ascom/UFG
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