Secretário de Educação Superior participa da abertura do 11º Conpeex

Texto: Serena Veloso

Fotos: Carlos Siqueira

Professores, servidores técnico-administrativos e alunos da UFG e de outras universidades acompanharam na manhã de ontem, 3/11, a abertura do 11º Congresso de Ensino Pesquisa e Extensão, o Conpeex.  Com o tema Conhecimento, Inclusão Social e Desenvolvimento, o evento está sendo realizado conjuntamente nas Regionais Goiânia e Jataí, com a participação de 1.800 trabalhos em 23 modalidades e cerca de 6.400 inscritos nas atividades da programação científica e cultural, que se estendem até o dia 5 de novembro. A abertura trouxe uma conferência com o secretário de Educação Superior do Ministério da Educação, Paulo Speller, transmitida ao vivo pela Fundação RTVE para a Regional Jataí.

A solenidade, realizada no Centro de Cultura e Eventos Professor Ricardo Freua Bufáiçal do Câmpus Samambaia, contou com a presença do secretário de Saúde de Goiânia, Fernando Machado e da presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (FAPEG), Maria Zaíra Turchi. A manhã se iniciou com a apresentação da professora da Escola de Música e Artes Cênicas (Emac), Vanessa Bertolini, que interpretou as canções La Vie en Rose, do compositor Louis Amstrong e Summertime, da ópera do compositor George Gershwin.

Reitor, pró-reitores, coordenadora do Conpeex e convidados participam da mesa de abertura do evento

Para a coordenadora do evento, Claci Fátima Weirich Rosso, é grande a expectativa para esta edição que traz diversas novidades, dentre elas o Espaço Saúde, a Exposição do Planetário e a realização de atividades voltadas para a sustentabilidade, além dos minicursos, oficinas e atividades culturais já tradicionais. Tendo a inclusão social como viés, a abertura do evento pôde ser acompanhada com tradução simultânea em libras.

Durante a solenidade, o reitor da UFG, Orlando Amaral, observou que a temática do Conpeex 2014 reflete o momento de expansão da universidade nos últimos anos. Segundo o reitor, todo esse processo foi realizado pensando a inclusão social. “Todos os programas de inclusão do governo e aqueles que a UFG já tinha permitiram que estudantes que outrora não tinham lugar nas universidades pudessem estar conosco, o que deu a eles a oportunidade de formarem em uma instituição de ensino superior pública”, comentou.

SIEC Móvel

 Na ocasião, também ocorreu o lançamento do aplicativo para celular SIEC móvel, desenvolvido pelo Centro de Recursos Computacionais (Cercomp). A tecnologia permite a aferição da presença de participantes em eventos da universidade cadastrados no Sistema de Informação de Extensão e Cultura (SIEC). Uma das responsáveis pelo projeto, Rosângela Santana, apresentou a interface do aplicativo, que teve sua primeira versão implantada em 2012. A nova versão traz uma novidade: “possibilita que qualquer celular com o Sistema Android 4.0 possa instalar o aplicativo para fazer a aferição da frequência”, explicou. Além disso, o cadastro das atividades e a leitura das presenças podem ser feitos sem estar conectado à internet, sendo necessária a conexão somente para o envio dos dados posteriormente.

Registro da presença dos participantes do Conpeex é feito pelo aplicativo SIEC móvel 

Histórico das universidades no país

Reflexões sobre o tema do Conpeex 2014 foram abordadas na conferência de abertura com o secretário de Educação Superior do MEC, Paulo Speller. A conferência foi coordenada pelo professor Edward Madureira Brasil. Speller trouxe um apanhado histórico da implantação das universidades brasileiras. Consideradas por ele instituições criada tardiamente no Brasil, as universidades passam a fazer parte da realidade nacional a partir da transferência da corte portuguesa para o Brasil no início do século XIX, com a invasão de Napoleão Bonaparte a Portugal. Nesse momento, grande parte do acervo da Biblioteca Nacional de Lisboa foi transferido para a colônia, o que deu as condições para que o país produzisse conhecimento.

Paulo Speller explicou que diferentemente do Brasil, a criação das universidades nos países que eram colônias espanholas se deu a partir do século XVI

No entanto, somente em 1920 foi criada a primeira universidade. Durante o restante do século houve um crescimento tímido de outras universidades no Brasil, impulsionado a partir da ditadura militar. Ainda assim, o Speller destacou que “não havia uma garantia de que a universidade promoveria a emancipação do país”. Somente após a retomada da democracia, nos governos que iniciaram o século XX, foi possível pensar a universidade como motor estratégico para o desenvolvimento dos povos e das nações.

Desde então, mais instituições de ensino superior foram criadas, aliadas a outras estratégias de governo como a erradicação da miséria e a formulação de políticas para a educação, o que permitiu também a inclusão social. “Agora estamos qualificando o conhecimento no sentido de abertura às oportunidades”, enfatizou.

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