Cultura da integridade como fundamento para o meio acadêmico

Pedro Peralta

Integridade no meio acadêmico foi o tema discutido na palestra: O CIA e as boas práticas acadêmicas na Universidade Federal de Goiás, realizada no 17° Conpeex no dia 21 de outubro. Com a participação da professora do Instituto de Química da UFG, Tatiana Duque Martins (coordenadora do CIA e professora associada/IQ/UFG) e do Pró-Reitor de Pesquisa e Inovação, Jesiel Carvalho, a conferência teve como objetivo mostrar o papel e a importância do Comitê de Integridade Acadêmica (CIA) para a universidade.

Honestidade, responsabilização, imparcialidade e boa gestão da pesquisa são os quatro princípios básicos que devem conduzir uma boa ação acadêmica, segundo a Declaração de Singapura sobre integridade e pesquisa de 2010. A partir desses fundamentos, os dois professores buscaram explicar como o CIA está funcionando e regulando as atividades e os produtos acadêmicos dentro da Universidade.

Ética

“A integridade acadêmica é um tema urgente que afeta todas as nossas atividades na instituição”. O Pró-Reitor de Pesquisa e Inovação, Jesiel Carvalho mostra a necessidade da criação de uma ética e explica a importância de ter diretrizes e normas que orientam o pensar acadêmico, para que o produto produzido possa favorecer realmente a sociedade.

O professor contextualiza as questões envolvidas na universidade, focando na formação de recursos humanos de alto nível. “Para esse desenvolvimento, precisamos de ambientes adequados para produzir o conhecimento, no entanto isso traz inúmeros desafios, e por isso precisamos estar envolvidos em uma ética de integridade na faculdade”, complementa.

O erro, segundo o pró-reitor, é necessário durante o processo de aprendizagem e, também, de pesquisa. No entanto, a forma como se lida com ele deve ser moldada. “É necessário instrumento de estímulo, de incentivo e promoção dos princípios e práticas relacionados à integridade acadêmica”, revela Jesiel.

Comitê 

O Comitê de Integridade Acadêmica (CIA) surgiu em 2015 com o principal objetivo de promover integridade na academia e, também, de prevenir as condutas inadequadas na pesquisa. A professora Tatiana Martins explica que a integridade envolve todas as outras atividades acadêmicas, por isso, se faz necessário a criação de uma comissão regulatória.

É importante perceber que a integridade não é só na pesquisa, mas em todas as práticas acadêmicas, e, também, como a não observância dela afeta os produtos acadêmicos. “A maior parte da má conduta ocorre de forma inconsciente, uma vez que há falta de informação e conhecimento. Nesse sentido a função do Cia é apresentar as formas de boa conduta em todas atividades acadêmicas”, expõe Tatiana.

O primeiro passo para prevenção, segundo a professora, é identificar as condutas não permitidas no ensino, na pesquisa e na extensão, para saber como combatê-las. “É necessário conhecer, por meio de informação, sobre essas questões para evitar e, também, para entender como elaborar uma regulamentação específica para essa ação”, afirma.

Nesse contexto, a UFG elaborou o CIA com o intuito de orientar e fomentar a cultura da integridade na faculdade. “O papel do CIA é prevenção por meio da informação, esse mecanismo também é responsável pela criação de diretrizes para regular a normatização das atividades acadêmicas na faculdade”, explica Tatiana.