Tentando desvendar os enigmas do universo

“Porque não dá para ver as estrelas na cidade grande tão bem quanto em campo aberto?”, “Quais são os planetas gasosos do sistema solar?”, Porque Plutão não é mais planeta?”. Essas foram algumas das questões levantadas por jovens na faixa dos 13 aos 20 anos que lotaram a oficina “Enigmas do Universo: perguntas e respostas?”, oferecida no dia 11 de julho como parte da programação da SBPC Jovem.

A oficina foi ministrada pelo diretor do Planetário da UFG, professor Juan Bernardino Marques, que esclareceu já no princípio de sua palestra que aquilo se tratava de uma conversa e não de uma oficina convencional. Com um clima leve e sob olhares atentos, ele conduziu explicações acerca da origem dos estudos sobre Astronomia, os principais cientistas da área, a teoria hoje aceita para explicar o surgimento do sistema solar, dentre outros assuntos.

“A Astronomia é o estudo de tudo o que foi, tudo o que é e tudo o que virá a ser no universo, desde as menores partículas e átomos até as maiores escalas”, contou o professor. Os enigmas propostos pelo tema despertaram por completo o interesse dos presentes, o que foi demostrado ao findar dos 50 minutos oficiais de duração da oficina, quando o professor avisou que ainda tinha material para mais uma hora de discussão, e praticamente todos os jovens permaneceram na sala, curiosos pelo que estava por ser abordado.

Sobre a presença de um ponto de interrogação no fim do título de sua oficina, “Enigmas do Universo: perguntas e respostas?”, o professor brincou que com certeza pode conversar sobre a maioria das perguntas, mas não tem respostas totalmente corretas para todas elas. “A Astronomia é uma ciência que tem constantes descobertas. O que é aceito como verdade hoje, pode mudar amanhã. O que o homem conhece de fato é uma parcela muito pequena do universo, cada descoberta pode ressignificar o sentido das anteriores.”, explicou ele.

Porém, fosse aprendendo que a luz artificial das grandes cidades atrapalha a enxergar as estrelas a olho nu, que quatro dos planetas do sistema solar são gasosos, ou que a mudança na classificação de Plutão para “planeta-anão” é apenas uma questão de nomenclatura, o público teve sua sede de conhecimento sanada e alimentada simultaneamente, como a de um bom aprendiz de cientista deve ser.

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