Ministro Gil defende o uso de Software Livre
O ministro Gilberto Gil, da Cultura, defendeu a continua__o do F_rum Social Mundial na cidade de Porto Alegre e prometeu trabalhar para isso. "Talvez um ano sim, outro n_o. Mas ser_ uma pena se o F_rum sair daqui, pois foi em Porto Alegre onde se desenvolveu uma engenharia humana de atendimento, recep__o e infra-estrutura que s_ tende a melhorar _ o que _ fundamental para os debates e a realiza__o do evento com _xito", disse o ministro ao deixar a capital ga_cha.
Feliz e emocionado, Gilberto Gil lembrou os _dias lindos de c_u azul cintilante e rajadas de brisas que lembram o vento do mar da Bahia_ quando passou na cidade em intensas atividades como ministro da Cultura.
Gil cantou dez m_sicas no show de abertura (relembrou _ de manh_, que Caetano Veloso cantou no Festival da Record de 1967); participou de debates sobre a arte da pol_tica e a pol_tica da arte; sobre a integra__o da Am_rica Latina e deu _nfase para o nascimento do portunhol _ uma nova l_ngua muita usada no f_rum e em outros encontros do Mercosul _; visitou as obras do Museu Iber_ Camargo, acompanhou o presidente Lula no est_dio Gigantinho, inaugurou a nova representa__o do MinC na cidade, visitou e deu entrevista _ Ag_ncia de Not_cias Carta Maior _ sua entrevista _ TV Carta Maior durou 25 minutos e registrou 32 mil acessos de internautas enquanto estava no ar.
Gilberto Gil assistiu e debateu com a plat_ia _ muitas pessoas com l_grimas nos olhos _ a estr_ia do filme We Belong, do jornalista S_rgio S_ Leit_o, um dos assessores especiais do MinC. O document_rio _ um painel jornal_stico e amoroso sobre o III F_rum de 2003, tamb_m realizado em Porto Alegre.
No filme, com dura__o de 25 minutos, pessoas de v_rias nacionalidades falam sobre a import_ncia do f_rum, o papel que cada um desempenha ali, como construir um mundo melhor e as emo__es de estar fazendo parte desta comunidade planet_ria.
O ministro mais uma vez exp_s suas emo__es: "Tenho viajado pelo mundo todo e n_o me lembro de ter vivido momentos t_o intensos, ricos e agrad_veis como este que estou vivenciando aqui no f_rum. _ um compartilhamento de saberes, emo__es e viv_ncias que levaremos pelo resto de nossas vidas", disse.
Durante o debate, criou um neologismo, propondo a tradu__o livre do t_tulo do filme para _bilongueiros_. "Afinal, estamos todos aqui bilongando, dando uma bilongadinha", brincou.
R_dios comunit_rias
Convidado, o ministro da Cultura aceitou fazer uma visita ao _Laborat_rio Livre_ de Software no livre territ_rio do Acampamento da Juventude na noite de quinta-feira, dia 27.
Ali, ele viveu uma riqu_ssima e calorosa noite de debates. Com a participa__o do seu assessor Claudio Prado, o ministro Gil foi conhecer as novas experimenta__es das galeras que est_o desenvolvendo programas de software livre.
Nesta visita, acompanhavam o ministro os norte-americanos ligados _ experi_ncia do Creative Commons, John Perry Barlow e Lawrence Lessing _ papas da internet e o cyberspace.
Mal come_ou a demonstra__o, o acampamento foi literalmente tomado por uma outra galera, rapazes e mo_as ligadas _s r_dios livres e comunit_rias do Brasil. Entraram no ambiente com toda for_a e vontade de contestar.
O eixo da discuss_o mudou: passou a ser o programa governamental para o segmento de r_dios, onde o Minist_rio da Cultura participa secundariamente.
Houve cobran_as, respostas, debates. Tudo muito intenso e apaixonado. Alguns jovens estavam mascarados _ maneira do Comandante Marcos.
O ministro Gil esclareceu o papel do MinC nesta busca de solu__o para as r_dios comunit_rias e passou a palavra para seu assessor especial, Adair Rocha, que fez uma interven__o esclarecedora.
Segundo Adair, o assunto j_ vem sendo discutido h_ anos e foi criada uma coordena__o do movimento civil para examinar, minunciosamente, os sete mil pedidos de regulariza__o de r_dios que est_o parados na Anatel.
"H_ uma proposta clara de mudan_as no trato com as r_dios comunit_rios dentro do governo", disse Rocha. "Um grupo interministerial deve se reunir muito em breve, em Bras_lia, para discutir uma anistia por parte da Anatel e mostrar para o conjunto do governo o desenvolvimento e a import_ncia das r_dios para o Brasil."
A calmaria voltou _ lona e o ministro Gil deu uma canja musical de seis can__es. A primeira Abacateiro e a _ltima Pessoa Nefasta. Tudo terminou num canto _nico: m_os para cima e cintura se sacudindo.
Software Livre
O ministro da Cultura, Gilberto Gil, voltou a defender enfaticamente o uso do software livre, em Porto Alegre, no s_bado (29 de janeiro). Gil participou da Mesa Revolu__o Digital: Software Livre, Liberdade do Conhecimento e Liberdade de Express_o na Sociedade da Informa__o. O debate contou com a participa__o de mais de 300 pessoas e foi um dos mais concorridos do F_rum Social Mundial 2005 por ser um dos temas pol_micos por envolver a Propriedade Intelectual, como o defendido pelo movimento Creative Commons.
Al_m do ministro fizeram parte da Mesa (fotos) o soci_logo Manuel Castells, autor de A Sociedade em Rede, John Perry Barlow, Lawrence Lessig, do movimento norte-americano de novas e democr_ticas formas de direito autoral Creative Commons, entre outros. Claudio Prado, representante da _rea de software livre do MinC, foi o mediador do debate.
Gil afirmou ser um _hacker em esp_rito e vontade_ posi__o que, segundo ele, significa _ter postura humanista, de quem busca a constru__o de uma nova cidadania, da sociedade da informa__o_.
"Sou ministro, sou m_sico, mas sou, sobretudo, um _hacker_ em esp_rito e vontade. Todos aqui sabem que sou um defensor, um praticante, quase mesmo um usu_rio, espero ainda um dia poder ser totalmente um usu_rio, um entusiasta sem d_vida do software livre, dos instrumentos de realiza__o de redes virtuais e remotas dos programas de inclus_o digital", declarou o ministro em sua fala.
Fonte: Minist_rio da Cultura