Caravana da Anistia

UFG realiza o fórum _Ditadura Militar - 21 Anos de Trevas na História do Brasil". O evento recebeu a Caravana da Anistia, um projeto do Ministério da Justiça que julga processos de pessoas perseguidas pelo regime ditatorial brasileiro, de 1964 a 1985.

Na manhã desta quarta-feira, dia 4 de junho, ocorreu a procedência dos requerimentos de anistia política a perseguidos pela ditadura militar em Goiás. A sessão foi promovida pelo projeto "Caravana da Anistia", da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça e da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, no auditório da Faculdade de Direito da UFG.

A sessão fez parte da programação do fórum “Ditadura Militar - 21 Anos de Trevas na História do Brasil", realização das universidades Católica e Federal de Goiás, em parceria com o Centro Acadêmico XI de Maio (CAXIM), Curso de Direito da UFG, Diretório Central dos Estudantes da UCG, União Estadual dos Estudantes (UEE) e União Nacional dos Estudantes (UNE). O evento ocorreu de 3 a 6 de junho.

O fórum tem o objetivo de contribuir para o resgate histórico dos militantes que lutaram pelos direitos democráticos no Brasil entre os anos de 1964 e 1985, período de ditadura militar no país. Além da apresentação de filmes, palestras e debates, o fórum conta ainda com o lançamento de diversos livros e exposição fotográfica.

Caravana da Anistia

A Caravana da Anistia é um projeto do Ministério da Justiça que visa o resgate histórico de pessoas que foram perseguidas pelo regime militar. Por onde passa, julga processos de quem, de alguma forma, foi prejudicado durante a ditadura.

O projeto já julgou processos de ex-perseguidos políticos no eixo Rio-São Paulo e em Goiás julgará outros 11: Walda Cleres Marinho Noleto, Benito Pereira Damasceno, Aparecida Alves dos Santos, Eduardo Dias Campos sobrinho, Nestor Pereira da Mota, Cley de Barros Loyola, José Abadia Bueno Teles, Nelson Remy Gillet, Oscavu José Coelho, Nelson Cordeiro e José Porfilho de Souza.   

Para o presidente da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, Paulo Abraão Pires Júnior, o evento caracteriza uma união de gerações. "Para nós, da Comissão de Anistia, esse ato simboliza uma transferência de responsabilidades, daquela geração para as novas. A de 64 não se negou a cumprir uma tarefa fundamental de resistir contra o autoritarismo e precisa ser reconhecida por quem hoje desfruta dos benefícios democráticos", afirmou.

Para o reitor Edward Madureira Brasil, o momento representa um importante resgate da história da universidade. "Naquele momento triste da nossa história, a UFG representou, por meio de seus estudantes e professores, um foco de resistência à ditadura”, destaca.

Fonte: Ascom / UFG

Categorias: Justiça