Benedito Ferreira Marques recebe título de professor emérito da UFG
Texto: Murilo Santos
Fotos:Carlos Siqueira
O maranhense que foi em busca das “letras”. Esse foi o principal tema dos discursos na noite solene de entrega do título de Professor Emérito da Universidade Federal de Goiás ao ex-vice-reitor da instituição, Benedito Ferreira Marques. Com aprovação do Conselho Universitário da UFG, a homenagem foi feita no salão nobre da Faculdade de Direito, na Praça Universitária.
O professor Benedito Marques contou que quando criança a mãe lhe perguntara se seria comerciante como o pai. “Respondi que queria ser padre e vaqueiro - duas atividades que não se combinam”. Porém, o menino que saiu do povoado de Barro Branco, no Maranhão, acabou se tornando bancário (do Banco do Brasil), jurista, professor, diretor da Faculdade de Direito e vice-reitor da UFG (2006/2009).
Mas, Benedito Ferreira Marques entende que não deixou de ser comerciante, padre e vaqueiro, ao longo da vida e da carreira. “Fui comerciante, porque acabei ‘vendendo’ muitas aulas. Fui padre, porque fui pregador do direito, da retidão e da justiça. E também fui vaqueiro - só que de terno e gravata”, comentou o professor.
Os grandes desafios não deixaram de ser lembrados. “Fiz doutorado sem afastamento, sem bolsa e defendi tese aos 64 anos”, ressaltou. Benedito Marques contou ainda sobre as dificuldades da Faculdade de Direito, que não tinha doutores. “Hoje, dos 40 professores, 22 têm doutorado e 16 têm mestrado”, lembrou com orgulho. O professor agradeceu à família, os amigos e os irmãos da Maçonaria. “Esse título é um acontecimento único na minha vida”.
Discursos
O professor Jônathas Silva, diretor da Faculdade de Direito, falou da trajetória científica de Benedito Ferreira Marques na UFG. Destacou as obras - como Direito Agrário Brasileiro - e a preocupação com o perfil e formação do jurista agrário. Já o vice-reitor, professor Eriberto Francisco Bevilaqua Marin, em nome da comunidade universitária, falou da história de vida do homenageado.
Eriberto destacou o amor à primeira vista de Benedito Marques na chegada à Goiás, em 1973, para trabalhar no Banco do Brasil e o magistério superior, iniciado em 1976, na então Universidade Católica de Goiás (hoje PUC), até a UFG, em 1980. O vice-reitor ainda citou versos do maranhense Gonçalves Dias e da goiana Cora Coralina.
Para o reitor da UFG, professor Edward Madureira Brasil, “o maranhense que escolheu Goiás é um amigo, irmão, pai, professor e confidente”. Lembrou que no primeiro mandato como reitor, literalmente dividia a rotina do gabinete. “E nunca me esqueço dos nossos quatro compromissos feitos, juntos, durante a campanha de 2005: humanismo, transparência, ética e trabalho”.
Fonte: Ascom/UFG
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