Agência de Notícias dos Direitos da Criança discute políticas públicas
A Faculdade de Comunicação e Biblioteconomia da UFG, em parceria com algumas instituições de ensino particulares, organizaram o 10º Encontro Nacional de Professores de Jornalismo. O evento teve início na última sexta-feira e se encerra hoje, na Faculdade de Educação da UFG
Com o tema “Os 60 anos de ensino de jornalismo no Brasil e suas implicações sociais, profissionais e institucionais” o encontro reúne estudantes, professores e profissionais da área para discutir problemas e possíveis soluções dentro das escolas de jornalismo.
No primeiro dia do evento, a Agência de Notícias do Direito da Criança, a ANDI, promoveu um Colóquio com a coordenação e mediação do coordenador de Relações Acadêmicas da entidade, Guilherme Canela. O tema do colóquio era “a construção e a oferta de disciplinas nos cursos de jornalismo acerca da cobertura das políticas públicas sociais”. Participaram como expositores o professor Luiz Gonzaga Motta, da Universidade de Brasília (UNB); Andréia Peres e Marta Avancini, jornalistas Amiga da Criança diplomada pela ANDI; e o professor Evandro Vieira, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
A ANDI tem se preocupado com a formação social dos profissionais que saem das universidades. Assim, o coordenador Marcelo discorreu sobre o programa InFormação, criado pela ANDI com o apoio estratégico da Fundação W.K. Kellogg. O InFormação tem por objetivo ampliar, por meio de uma oferta de disciplinas, as possibilidades de qualificação dos futuros profissionais de Comunicação para a cobertura das temáticas sociais, especialmente as relativas aos direitos humanos de crianças e adolescentes.
Segundo Marcelo Canela, a proposição fundamental do programa é estimular junto aos profissionais da imprensa o desenvolvimento de um pensamento crítico acerca dos variados contextos que norteiam os direitos, as políticas, os indicadores, o controle social, assim como a responsabilidade das instâncias públicas e privadas. O programa InFormação busca contribuir para que esses profissionais estejam mais aptos a apresentar informações mais contextualizadas sobre as questões sociais, agendando qualificadamente os temas e atuando como fiscalizadores dos governos e dos diversos atores sociais.
Durante o colóquio, os professores Luiz Gonzaga e Evandro Vieira, falaram sobre suas experiências com as disciplinas ofertadas na UNB e UFRJ e como elas contribuem para a formação humanística do aluno. O professor Luiz ressaltou que a proposta é priorizar o jornalismo social e não simplesmente formar um profissional habilitado nas várias técnicas do jornalismo, mas sem uma postura ética diante dos fatos.
As jornalistas Marta e Andréia discorreram também sobre a responsabilidade do jornalista e como ele deve trabalhar para não fazer uma cobertura pontual dos fatos, ou seja, uma cobertura apenas momentânea, que não aprofunde e perdure na sociedade. Elas foram unânimes ao afirmarem que o profissional precisa se aprofundar nos fatos. “A culpa de uma matéria estar publicada de maneira bastante superficial é culpa do repórter, que não tem o cuidado de apurar melhor os fatos. É necessário rever isso para que se formem também leitores mais bem qualificados”. Durante a tarde houve a apresentação de um Pré-Fórum da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), com o tema “Formação superior em jornalismo: obstáculo ou garantia de acesso democrático aos meios de comunicação?”.
Fonte: Assessoria de Imprensa