Faculdade de Educação recebe seminário sobre circo social

Integrantes de circos, em parceria com a Faculdade de Educação da UFG, conversam sobre crescimento do circo social no Brasil

Texto: Natália Esteves

Fotos: Adriana Silva

Os avanços do circo social no Brasil  foram os principais tópicos de discussão do seminário, “Novos voos no Picadeiro” – reflexões, desafios e horizontes do circo social", realizado nesta segunda-feira (12/7), na Faculdade de Educação da UFG (FE). Promovido pelo Circo Laheto, o evento reuniu artistas e arte-educadores de escolas de circo das regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste do Brasil, além de um representante do Cirque du Soleil, que trocaram experiências sobre a temática.

A Presidente da Federação Rede Circo do Mundo Brasil, Fatima Pontes, ressaltou a relevância das ações do circo social e a importância da federação em sua consolidação. "A gente sabe que a rede foi importantíssima para esse reconhecimento do circo social como um espaço de valorização da criança do adolescente e do jovem. Essa coisa que se dizia que o circo está morrendo, está acabando, a gente vê diferente, é como se fosse o ressurgimento", ressaltou.

Faculdade de Educação recebe conversa sobre Circo Social

Professora Carime Rossi conta sobre seu trabalho no Circo Laheto

Parceria com Faculdade de Educação

Em Goiânia, uma das atividades desenvolvidas pelo circo social é uma parceria da Faculdade de Educação com o Circo Laheto. No ano de 2011, a professora da FE, Carime Rossi Elias, por meio de um convite do circo, deu início a um projeto com os alunos de estágio do curso de Pedagogia. Os alunos e a professora vão ao circo no primeiro semestre do ano para estudar, observar e, então, fazer o planejamento para desenvolver as atividades no segundo semestre.

Segundo Carime as atividades são desenvolvidas com leitura, escrita e teatro. “A gente tenta sempre fazer um trabalho aproximado, não é a Universidade que chega ao Circo e diz o que vai ser feito, é um trabalho de diálogo. Quanto mais próximo os dois grupos estiverem, a Universidade e o Circo, melhor ele sai, é uma troca de saberes entre as instituições", completou.

Circo Social

No ano de 2015, mais de 80 mil denúncias de violência contra a criança e o adolescente foram feitas pelo Disque 100. Destes, cerca de 2.277 foram do estado de Goiás.  Segundo a Secretária de Segurança Pública do Estado, do início do ano ate junho, já foram registrados mais de 50 casos de estupro de vulnerável em Goiânia. Com o intuito de ajudar no combate a violência através da arte, o Circo Laheto, criado há mais de 20 anos na capital, atende crianças, adolescentes e jovens que vivem em situação de risco.

O circo social, atualmente muito difundido no Brasil, desenvolve há alguns anos um trabalho artístico e social com crianças, adolescentes e jovens de classes menos favorecidas. O objetivo desse trabalho é a construção por meio da arte circense de um diálogo pedagógico com a educação. Existem no Brasil várias organizações que trabalham com esse conceito de Circo Social, como o Circo Laheto, em Goiânia; a Associação Londrinense de Circo, em Londrina; a Escola Pernambucana de Circo e o Projeto ICA em Mogi Mirim, no estado de São Paulo.

Além do Seminário realizado na Faculdade de Educação acontece, entre os dias 11 e 15 de julho, uma formação em circo social para 30 jovens de diversos estados brasileiros, na sede do Circo Laheto, no Jardim Goiás.

Fonte: Ascom UFG

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