Uma vida dedicada à ciência
Reverenciado e muito aplaudido, o médico e professor aposentado Heitor Rosa recebeu em sessão solene o título de Professor Emérito da Universidade Federal de Goiás. A homenagem certifica o trabalho de quem dedicou toda uma vida a serviço da pesquisa e do incentivo profissional. A solenidade de entrega do título foi no Teatro Asklepiós, da Faculdade de Medicina, justamente um espaço idealizado pelo homenageado.
A solenidade foi presidida pelo reitor da UFG, Edward Madureira Brasil, e contou com a presença dos ex-reitores Ary Monteiro do Espírito Santo e Joel Pimentel Ulhoa, além do diretor da Faculdade de Medicina, Vardeli Alves (idealizador da homenagem). Professores, servidores, amigos e familiares do homenageado também participaram da condecoração.
Em entrevista, Heitor Rosa afirmou que a homenagem enobrece e honra a qualquer professor da UFG. “Fico emocionado ao receber a maior honraria da instituição. É o título máximo da universidade, que carregarei no peito por toda a vida. Mas considero que foi uma generosidade de todos os que aprovaram a concessão. Sinto-me pequeno e, por isso, recebo essa homenagem com humildade”.

No discurso, Heitor Rosa creditou à UFG o respaldo para o progresso científico e profissional da carreira. Ele contabilizou a passagem de dois terços da vida na universidade, com muito entusiasmo. E confessou que fez da docência um ato de amor. Agradeceu aos colegas médicos e servidores e ressaltou o crescimento e a permanência da UFG entre as principais universidades do país.
Mas o homenageado também foi contundente e incisivo ao cobrar maiores investimentos em educação. Heitor Rosa fez duras críticas ao comportamento de alguns poderes constituídos, à corrupção e declarou que vê com apreensão o sistema de cotas das universidades públicas. “São trilhões de reais de impostos arrecadados sem distribuição de renda. A explosão de escolas de Medicina tende à formação de médicos sem qualidade. Melhor seria o investimento na educação básica”.

O reitor da UFG, Edward Madureira Brasil, falou da amizade e do privilégio de conviver com Heitor Rosa na gestão da universidade. Ressaltou o bom humor e o pioneirismo do “mestre” na pesquisa científica. “É um dia muito especial. Esse título lhe cabe muito bem e você saberá honrá-lo. Heitor Rosa representa a essência da universidade, que são as pessoas. Com certeza a UFG está maior com esse título”, declarou.
Trajetória - Heitor Rosa iniciou a carreira na UFG em 1968, no Departamento de Clínica Médica, área de Gastroenterologia, com ênfase em Hepatologia. Em 1972, trabalhou e se especializou em serviços de referência na Inglaterra e França, intercâmbios que contribuíram para novos rumos no campo da Gastroenterologia na Faculdade de Medicina. Em 1976, criou o Laboratório de Hepatologia Experimental. Foi chefe do Departamento de Clínica Médica de 1981 a 1985, participou da criação em 1998 da Comissão de Ética do Hospital das Clínicas (HC) e foi diretor da Faculdade de Medicina de 2006 a 2010, aposentando-se ao término do mandato.
O professor também presidiu a Sociedade Brasileira de Hepatologia, em 1997, e a Federação Brasileira de Gastroenterologia, em 2000. Heitor Rosa é ainda autor de diversos livros como Histórias agudas e crônicas: do apêndice ao avião (1996); Os ossos do coronel Azambuja e outras mentiras (1998); O enigma da Quinta Sinfonia (2000); e Memórias de um cirurgião-barbeiro (2006).
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Fonte: Ascom/UFG
Categorias: Solenidade