Cine UFG apresenta Mostra Cinema e Jornalismo

Evento

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: Cine UFG

: 24 de Maio 2010 às 21:00 a 01 de Junho 2010 às 21:00

Até 2 de junho serão exibidos filmes brasileiros e estrangeiros de cineastas como Michelangelo Antonioni, Howard Hanks, Lúcia Murat e outros

O Cine UFG estará apresentando, até o dia 2 de junho, a mostra de filmes “Cinema e Jornalismo”. Serão exibidos filmes estrangeiros e brasileiros de cineastas como Michelangelo Antonioni, Howard Hawks, Alexander Mackendrick, John Ford e Lúcia Murat. Sessões às 12 e 17:30h.

 

Confira a programação:

 

25.05

12h – A embriaguez do sucesso

17:30h – O homem que matou o facínora

26.05

12h – Jejum de amor

17:30h – Doces poderes

27.05

12h – A embriaguez do sucesso

17:30h – O homem que matou o facínora

28.05

12h – Passageiro, profissão repórter

17:30 – A embriaguez do sucesso

31.05

12h – Jejum de amor

17:30 – Passageiro, profissão repórter

01.06

12h – Doces Poderes

17:30 – Jejum de amor

02.06

12h – Passageiro, profissão repórter

17:30h – Doces Poderes

 

 

Cinema e Jornalismo

Lisandro Nogueira

Francis Bacon, em Novum organum, “aforisma 129”, alerta para a importância de três invenções: a imprensa, a pólvora e a bússola, “[...] pois alteraram a aparência e o estado do mundo inteiro” (Eisenstein, 1998). Sainte-Beuve (Pallares-Burke), advertiu que seria limitado qualquer estudo sobre a cultura européia no século XIX “sem levar em conta sua atividade jornalística”. Se essa observação já era válida naquele século, na atualidade, merece uma atenção redobrada. 

O jornalismo disseminou-se, ganhou prestígio, reportou os problemas da sociedade e, hoje, braço "esquerdo e direito" da Comunicação, ainda  pauta a política e a cultura. Se já foi um apêndice do meio intelectual, resignado com a pecha de “obra menor”, é, agora, influente a ponto de pautar a vida cultural e política.

A história do jornalismo comprova sua ascensão como instrumento de poder. Mas seu caráter multifacetado, na atualidade, comprova as consequências nefastas desse processo de fragmentação para o jornalista e o jornalismo.

 

Quem melhor representa e compreende o jornalismo é o cinema.

 

Personagem de vários filmes, o jornalista é visto como a figura que melhor encarna as contradições da sociedade moderna e seu complexo sistema comunicacional. Ele é testemunha, facilitador e operador de ações entre as classes sociais, equilibra-se entre o público, o mercado e o Estado. Talvez por isso, e também por outros motivos, o jornalista constitua o personagem emblemático que oscila entre criar, ter identidade, mesmo que seja mínima, e seguir as normas do sistema de produção.

 

Será uma oportunidade ímpar conhecer filmes que mostram o jornalista, o jornalismo e as complexas relações destes com a sociedade e o Estado.