Lançamento do Núcleo de Estudos de Antropologia, Patrimônio, Memória e Expressões Museais

Evento

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: Museu Antropológico da UFG (Praça Universitária)

: 09 de Dezembro 2010 às 22:00 a 01 de Novembro 2013 às 12:40

Será lançado oficialmente, no próximo dia 10, o Núcleo de Estudos em Antropologia, Patrimônio, Memória e Expressões Museais – NEAP. O evento, realizado pelo programa de pós-graduação em Antropologia Social da Faculdade de Ciências Sociais em parceria com o Museu Antropológico, ocorrerá a partir das 16 horas e contará com abertura de exposição temporária e conferência, conforme programação abaixo:

Data: 10/12/2010 – sexta-feira
Local: Museu Antropológico da Universidade Federal de Goiás
(Pça. Universitária, 1166, St. Universitário – Goiânia/GO)

16:00 – Abertura da Exposição
ENSAIO FOTOGRÁFICO As Ritxòkò do Araguaia: arte das mulheres Karajá (Telma Camargo)

Visitação: de 10 de Dezembro de 2010 a 30 de Março de 2011 – terça a sexta-feira das 9 às 17 Horas.

17:00 – Apresentação Oficial da Identidade Visual do NEAP
Designer Gráfico Tiago Allen

17:30 – Conferência

Americanismo à la francesa – missões científicas, museus e internacionalização da pesquisa no início do século XX.
(Dra. Julia Antoinette Cavignac – Universidade Federal do Rio Grande do Norte/Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social)



As Ritxòkò do Araguaia: arte das mulheres Karajá
(Telma Camargo da Silva)


O ensaio fotográfico As Ritxòkò do Araguaia: arte das mulheres Karajá é uma narrativa visual que traz elementos do ofício e modos de fazer as bonecas de cerâmica, chamadas de ritxòkò, na fala feminina, e de ritxòo, na fala masculina. Objetos da cultura material, as ritxòkò apontam para a reprodução social e material do povo Karajá, evidenciando importantes elementos de sua identidade étnica e da construção do gênero feminino presentes nesta atividade artística.

Instrumento de socialização para as meninas e fonte de renda para as mulheres adultas, as ritxòkò permeiam todo o universo simbólico Karajá. Objeto lúdico para as crianças, as bonecas reproduzem também acontecimentos do dia a dia, o ciclo de vida, eventos míticos, conjunto de figuras representativas das unidades familiares complexas, e representações da fauna regional. Comercializadas através da Associação Iny Mahãdu, localizada, em São Felix do Araguaia (MT); no Centro Cultural Mauheri, em Aruanã (GO) ou, vendidas diretamente pelas ceramistas, as bonecas contribuem também para a reprodução econômica do grupo.

Esse ensaio foi produzido no âmbito do Projeto Bonecas Karajá: arte, memória e identidade indígena no Araguaia executado por uma equipe de pesquisadore/a/s vinculada ao Museu Antropológico da Universidade Federal de Goiás. A pesquisa etnográfica, em realização desde 2009, nas aldeias Santa Isabel do Morro (TO) e Buridina (GO), objetiva subsidiar o registro das bonecas das Ritxòkò como patrimônio cultural imaterial brasileiro.

O Araguaia, como referencial do lugar e marca do território da vida Karajá, emerge como imagens primeiras do ensaio dividido em cinco módulos: O rio Araguaia; O povo Iny (Karajá); O modo de fazer Iny ritxòkò; As ritxòkò e o universo Karajá e O mundo Iny pelas mãos das mulheres Karajá.